Eu gosto dos textos do controverso Carlos Cesar Salvador Arana Castañeda, antropólogo que posteriormente se tornou um místico na década de 1960. Um dos meus textos prediletos (do qual cito um trecho abaixo) é aquele que fala do qual caminho devemos seguir: “Um caminho é só um caminho, e não há desrespeito a si ou aos outros em abandoná-lo, se isto que o coração nos diz...Examine cada caminho com muito cuidado e deliberação. Tente-o muitas vezes, tanto quanto julgar necessário. Só então pergunte a você mesmo, sozinho, uma coisa...Este caminho tem CORAÇÃO (alma)? Se tem, o caminho é bom, se não tem, ele não lhe serve. Um caminho é só um caminho.”
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Foto 1 - Entrada UNIFESP, unidade José de Alencar. |
Tenho refletido muito nesse texto, pois não tenho visto mais sentido em seguir caminhos que não traduzem
minha essência. Acho que é por isso que tenho visto corações em toda parte, não me deixando esquecer que preciso escolher o caminho do CORAÇÃO e me lembrando que o amor, aqui falando do amor universal, está na verdade dentro de nós e se conseguirmos acessá-lo, escolheremos caminhos mais felizes.
minha essência. Acho que é por isso que tenho visto corações em toda parte, não me deixando esquecer que preciso escolher o caminho do CORAÇÃO e me lembrando que o amor, aqui falando do amor universal, está na verdade dentro de nós e se conseguirmos acessá-lo, escolheremos caminhos mais felizes.
Questões que também me remetem ao pensamento de Leonardo Boff e Jürgen Moltmann, em seu livro “Há Esperança para a Criação Ameaçada?”, no qual os autores discutem o “nosso anseio pela felicidade”. Ambos argumentam que quando levemos a sério esse anseio e não queremos somente nosso prazer particular, nós nos deparamos com a infelicidade massiva e começamos a sofrer e a gritar juntos com os infelizes. Nesse caso, a compaixão é o condoer-se e o apaixonar-se solidariamente com a vida que surge a partir da infelicidade reinante no mundo. Ela seria a outra face do “anseio por felicidade”.
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Foto 2 - Calçada em Foz do Iguaçu. |
Então me pergunto em vários momentos: que caminho individual seguir, respeitando a minha trajetória, de forma a respeitar a trajetória de outras individualidades, para que somadas a essas outras, juntas, possamos percorrer um caminho em direção à cura de nossos corações, que levarão à cura do planeta? Eu acredito que são as escolhas diárias que fazem a diferença! Eu sou somente uma, mas somada à outras individualidades componho uma sociedade, a qual precisa escolher novos caminhos, agora do CORAÇÃO, para que possamos ter um futuro como espécie no planeta.
Luciana Farias
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