27 de novembro de 2012

Responsabilidade Social como ação sustentável – Entre o Discurso e a Prática



A sustentabilidade tem aparecido nas discussões ambientais e sociais como o grande objetivo a ser atingido pela conjunção de ações sociais, políticas, econômicas e, sobretudo ambientais. Como tratamos no texto anterior sobre a “Copa Verde de 2014”, ilustrada na fala do Presidente da Bolívia, Evo Morales, como uma maneira de embalar a natureza para vendê-la como mercadoria, muitas vezes encontramos, atreladas às ações ditas sustentáveis, as iniciativas corporativas, empresariais e de outros setores do mercado chamadas de “Responsabilidade Social”. Segundo a UNESCO, Responsabilidade Social é a atuação voluntária das Empresas e Corporações na contribuição para uma sociedade mais justa e um ambiente mais limpo. A base desse conceito é a de que as organizações, ainda que visem o lucro, deveriam orientar suas atitudes e objetivos não apenas pela decisão de seus proprietários e investidores na busca pela expansão da lucratividade, mas, também, de acordo com aquilo que é o melhor para a organização, para a sociedade e para o meio ambiente.

Toda essa ideia parece realmente muito justa e interessante, mas tem muita similaridade com a fala do Presidente boliviano que citamos acima: a Responsabilidade Social tornou-se elemento estratégico das empresas modernas para abrirem novas possibilidades de lucrar num mercado em que os discursos sociais e ambientais têm ganhado mais espaço que as práticas. Inúmeras pesquisas da área de Administração, Serviço Social, Psicologia e Comunicação tem alertado sobre a alteração da base desse discurso como estratégia para perpetuar e esconder, ao mesmo tempo, as práticas ambiental e socialmente degradantes existentes no mercado. A “Filantropia Lucrativa”, como cita um dos estudos publicados em 2009 sobre o tema, tem se tornado a grande janela dessa função dupla da Responsabilidade Social: de um lado abriga o discurso da ética e da ação substancial na sociedade com doações e investimentos em iniciativas voltadas para a comunidade; de outro, une os interesses corporativos com Instituições Filantrópicas cada vez mais ligadas ao marketing e que de alguma forma ajudam a render lucros para a organização ao vincular seu nome à filantropia e vender como mercadoria a imagem de “empresa responsável”. Exemplos disso são os cada vez mais comuns produtos de supermercado que estampam em sua embalagem as proporções de ação filantrópica do tipo “A cada X reais pagos por este produto, Y reais vão para a Instituição Z”. 

A grande questão que se coloca aqui é a mesma temática contraditória que se apresenta quando discutimos coleta seletiva, por exemplo, a questão não é reutilizar ou reciclar mais, doar sempre mais do que o valor gasto no consumo, ou ainda consumir e doar de maneira equivalente. É sabido que vivemos numa economia que visa a expansão infinita dos lucros e que pressupõe recursos naturais igualmente infinitos para a produção de uma coleção de mercadorias a serem trocadas por dinheiro (como vimos no texto sobre "Logística Reversa"), dessa maneira concluiríamos que é necessário consumir menos, comprando apenas aquilo que é necessário, extrair menos, produzir menos, reciclar mais, reutilizar mais, abrir novas oportunidades de geração de emprego e renda que não somente a venda da nossa força de trabalho a essas grandes organizações produtoras de mercadorias, e isso atingiria por completo a lógica cega dos lucros cada vez maiores dessas organizações. Se medidas como estas fossem tomadas, a sociedade certamente experimentaria uma elevação da qualidade de vida no âmbito social-ambiental e as organizações, os Governos e o próprio Estado veriam ruir esse discurso de “Responsabilidade Social” que visa esconder todos esses verdadeiros paradigmas que estão colocados na atual sociedade do consumo, este é o motivo pelo qual a Reflexão acerca do nosso papel enquanto cidadão-consumidor é importante e deve ser sempre uma novidade, porque não pode se perder e nem deixar de atuar. O discurso da filantropia, da doação como prática de responsabilidade social e ambiental e o marketing sobre produtos ditos verdes, sustentáveis e etc, devem sempre ser analisados de uma perspectiva crítica, pois mais do que uma mudança do destino do dinheiro que temos para consumir, seja consumindo ou doando, o que a sociedade e o ambiente realmente esperam, e necessitam, é de uma mudança de mentalidade e de atitude como prática efetivadora de uma cidadania social e ambiental.

Pense nisso, e vamos atuar juntos!

Até a próxima,

Rafaella Ayllón

Uma mudança radical: no mundo do skate, a novidade sustentável é o deck feito de bambu



Fotos: http://www.ecodesenvolvimento.org/noticias/decks-feitos-de-bambu-e-a-novidade-sustentavel-no

Para a surpresa de muitos, pesquisas feitas sobre os principais responsáveis derrubadores de árvores da América do Norte indicam que os skateboards estão em 31º e em 1º, quando refere-se às florestas de maple, principal madeira utilizada na confecção das pranchas. Contudo, há uma boa notícia nesta situação: uma empresa americana está fabricando skateboards utilizando 100% de madeira de bambu. Uma opção muito mais “ecofriendly” (ou “amigavelmente sustentável”).

O produto, desenvolvido pela BambooSK8, é mais resistente, leve e, claro, muito mais sustentável que os skateboards convencionais.

O bambu é um dos grandes emissores de oxigênio do mundo vegetal e pode absorver até quatro vezes mais dióxido de carbono que outra árvore do mesmo porte. Além disso, ele tem a capacidade de filtrar metais pesados presentes no solo e nos lençóis subterrâneos.


Outra vantagem do bambu é que ele pode ser colhido após cinco anos de crescimento, enquanto o maple pode levar até 60 anos amadurecendo antes de ser transformado em pranchas de skate. Todo esse tempo acarreta mais consumo de energia e recursos naturais, como água e materiais orgânicos.

Para desenvolver esse material sustentável, a prancha (mais conhecida como shape ou deck) é feita com três ou quatro camadas de madeira de bambu, que devem ter espessura e tratamento especial. O resultado são decks mais fortes, já que o bambu é um material altamente resistente, podendo suportar até 740 toneladas de pressão, quase 90 toneladas a mais que o maple. Além disso, esses shapes são mais leves. Eles pesam pouco mais de um quilo, enquanto os skateboards tradicionais podem pesar até quatro quilos.

Empresa responsável

BambooSK8, além de fabricar produtos Ecofriendly, também faz parte da Action Sports Environmental Coalition e possui uma política de sustentabilidade que inclui uso de materiais reciclados e reciclagem de seus resíduos, preferência por transportes alternativos, como a bicicleta, economia de luz e fim do uso de sacolas plásticas. Uma prova do seu engajamento pode ser visto na casa do dono da BambooSK8, que possui o maior painel solar residencial da Califórnia.

Dados obtidos em: http://www.ecodesenvolvimento.org/noticias/decks-feitos-de-bambu-e-a-novidade-sustentavel-no


Rayssa S. Moreira

20 de novembro de 2012

Aplicativo DESENSVOLVIDO NOS EUA incentiva as pessoas a gastarem menos e doarem mais



Aplicativo dá acesso a uma lista de 100 ou mais instituições de caridade. Assim, ao          decidir abrir mão de comprar o almoço, você pode rapidamente doar, por exemplo, 5 dólares (R$ 10,00) para a entidade de sua escolha.


Imagem: Reprodução


Você já pensou na opção de, ao invés de comer fora, levar o almoço de casa para o trabalho? Ou, por exemplo, alugar um filme ao invés de vê-lo no cinema? Essas são algumas economias que podem ser feitas no dia-a-dia e que, no final das contas, podem fazer grande diferença. E quem pode te ajudar a perceber esses simples detalhes é o aplicativo para smartphones Instead ("Em vez").
O aplicativo incentiva as pessoas a consumir de forma mais consciente e mais solidária, porque além de você reduzir os gastos em consumo, você pode doar as economias conquistadas, obtidas graças ao novo modelo de vida. Para o criador Miquéias Davis, designer de software do estúdio OvenBits, situado em Dallas, nos Estados Unidos, viver uma vida de consumo consciente pode ser uma forma simples e divertida de apoiar as organizações sem fins lucrativos.
Ao baixar o aplicativo, você tem acesso a uma lista de 100 ou mais instituições de caridade. Assim, ao decidir abrir mão de comprar o almoço, você pode rapidamente doar, por exemplo, 5 dólares (R$ 10,00) para a entidade de sua escolha.
Segundo Davis, a plataforma é baseada na ideia de que a tecnologia pode facilitar ações filantrópicas. Da mesma forma que milhões de dólares foram doados por mensagem de texto após o terremoto no Haiti, pode ocorrer o mesmo através desta plataforma para ajudar os que foram afetados pelo furacão Sandy, por exemplo. Ele acredita ainda que o aplicativo pode ajudar a mudar o comportamento das pessoas, tornando o ato de doar uma prática habitual.
O dispositivo pode ser baixado gratuitamente e está disponível para iPhone, iPad e dispositivos Android.

Outras opções:
Além do aplicativo Instead, os usuário de aparelhos mais tecnológicos como smartphones, iPods e iPads também podem ter acesso às informações por um mundo mais sutentável através de outros aplicativos. Confira abaixo uma lista:
Aves do Brasil –Mata Atlântica
Para aqueles que gostam de observar aves, um bom passatempo é o aplicativo Aves da Mata Atlântica, realizado pelo Planeta Sustentável e pela WWF.
Os consumidores que quiserem saber quão responsável socioambientalmente uma empresa é, basta baixar o Good Guide e fotografar os códigos de barra antes mesmo de comprar o produto..
O site Planeta Sustentável lançou recentemente uma versão do Manual de Etiqueta Sustentável para iPhones. A cartilha possui 65 dicas de como fazer o dia a dia mais responsável socioambientalmente e ainda informa qual a relação entre o seu esforço e o impacto na natureza.
Se você é uma daquelas pessoas que gostam de documentar lugares, plantas e animais com imagens e informações sobre eles, o aplicativo Project Noah é feito para você. Ele armazena informações sobre viagens ou novos lugares visitados, além de desencorajar que o turista leve alguma "lembrancinha" do lugar, como pedrinhas, plantas e outros objetos. 



Dados obtidos em: http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2012/novembro/aplicativo-incentiva-a-gastar-menos-e-doar-mais?tag=consumo_consciente
http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2011/agosto/links-recomendados-aplicativos-para-um-mundo-mais?tag=ciencia-e-tecnologia


Rayssa S. Moreira

14 de novembro de 2012

Mensagem do Aquário de Santos





Evite jogar lixos nos mares, rios e via pública. Um consumidor consciente não pensa só no que está consumindo, mas em todo o processo de fabricação e descarte.
Antes de comprar um produto pense em qual matéria prima foi utilizada para fabrica-lo e como foi extraída essa matéria prima. Nas condições de trabalho dos funcionários de sua produção. Em como será seu uso e reciclagem. Descarte corretamente. Recicle!
Preserve nosso planeta!

Para mais Quimicando com Você: Passeio à cidade de Santos

Barbara C. Schwartz