Você já parou para refletir sobre o que é consumo?
Consumir implica em um processo de seis etapas que normalmente
realizamos de modo automático ou ainda, impulsivamente.
É comum as pessoas associarem consumo a compras, o que está correto
porém, incompleto, pois não engloba todo o sentido de consumo, tornando-o um
processo “reducionista”, pois excluí os
inúmeros fatores reais da palavra “consumo”. Assim, a compra é apenas uma etapa
do consumo. Antes dela, temos que decidir o que consumir, por que consumir,
como consumir e de quem consumir. Depois de refletir a respeito desses pontos é
que partimos para a compra. E, após a compra, existe o uso e o descarte do que
foi adquirido.
Ao analisar esse processo, você percebe que o consumo está no seu
cotidiano, desde o momento em que você acorda, até a hora que vai dormir. Por isso, entender o consumo é algo muito
importante e que pode nos ajudar a entender os impactos que nós causamos
através dele.
O processo começa em nós mesmos, já que arcamos com as despesas do
consumo e nos beneficiamos com o quem vem dele. Depois, há o impacto na
economia e na sociedade uma vez que ao adquirimos algo, movimentamos a produção
e distribuição do produto, ativando a economia, e a sociedade, pois é dentro
dela que ocorrem a produção, troca e transformações provocadas pelo consumo.
Por fim, há o impacto sobre a natureza, pois retiramos dela a
matéria-prima e descartamos, também nela, os produtos sem utilidade.
O consumo é um dos nossos grandes instrumentos de bem estar, mas
precisamos aprender a produzir e consumir os bens e serviços de uma maneira
diferente da atual, visto que o modelo hoje utilizado de produção e consumo
contribuiu para aprofundar alguns aspectos da desigualdade social e do
desequilíbrio ambiental.
Mas as coisas não precisam ser assim e existe um enorme potencial para
que o consumo que nos trouxe a essa situação, se exercido de outra forma, nos
tire dela.
Devido a todos esses problemas que causamos ao consumir, surgiu, então,
um novo modelo de consumo, o chamado “consumo consciente”. Em suma, o Consumo Consciente (ou Consumo
Responsável), busca maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos
dos nossos atos de consumo. Ou seja, ele busca fazer com que o consumidor
entenda o por quê está consumindo aquele produto e de que forma ele pode
impactar menos o meio ambiente com a sua escolha, isso é Consumo Consciente!
O consumidor consciente busca o equilíbrio entre a sua satisfação
pessoal e a sustentabilidade do planeta - lembrando que a sustentabilidade
implica em um modelo ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente
viável.
O consumidor consciente reflete a respeito de seus atos de consumo e
como eles irão repercutir não só sobre si mesmo, mas também sobre as relações
sociais, a economia e a natureza. Ele também busca disseminar o conceito e a
prática do consumo consciente, fazendo com que pequenos gestos de consumo
realizados por um número muito grande de pessoas promovam grandes
transformações.
O consumo consciente pode ser praticado no dia-a-dia, por meio de gestos
simples que levem em conta os impactos da compra, uso e descarte de produtos ou
serviços. Assim, o consumo consciente é uma contribuição voluntária, cotidiana
e solidária para garantir a sustentabilidade da vida no planeta.
Praticar o consumo consciente consiste numa atitude de liberdade de
escolha e de protagonismo da própria existência. É uma tomada de posição clara,
democrática e ética.
O consumo consciente fatalmente irá gerar uma reflexão e tal reflexão
pelos consumidores deverá gerar uma cadeia de estímulos que irá contagiar
positivamente as empresas e seus funcionários, sua família, colegas e amigos
que, diante do exemplo, serão impelidos a refletir sobre os seus próprios atos
de consumo.
Rayssa Santos Moreira
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