27 de julho de 2014

Planeta dos Humanos Macacos ou dos Macacos Humanos?...

Pessoal, hoje fui assistir ao filme “Planeta dos Macacos” e simplesmente AMEI! Fazia muito tempo que não assistia um Blockbuster tão bom, mesmo sabendo que este tipo de filme é feito para faturar, para agradar ao máximo de gente possível. E não estou me referindo somente ao trabalho técnico, que realmente impressiona. Tem momentos no filme que ficamos nos perguntando se realmente os macacos são uma criação computacional ou não, haja vista a perfeição, o grau de realismo atingido. Mas também estou me referindo ao roteiro, que é magnífico!
Nesta sequência, os humanos foram assolados por uma gripe símia e quase levados à extinção. Concomitantemente, César, o líder e que libertou os demais macacos do cativeiro, guia a todos para a paz, no meio de uma floresta ao redor de São Francisco, criando uma sociedade relativamente harmoniosa e de aprendizado. Até que o reencontro com os seres humanos se dá novamente e os conflitos vêem à tona.
À medida que a história se desenrola, vamos sendo conduzidos em um momento a pensar como nós, seres humanos, somos maus e que os macacos são capazes de sentimentos nobres, dos quais somos desprovidos, para em seguida nos defrontamos com a situação inversa, na qual sentimentos de vingança e inveja criam forma e força na sociedade dos macacos e podemos encontrar nesse momento, sentimentos de amizade e solidariedade entre os humanos. Daí nos perguntamos e agora? Quem são os heróis? Quem são os vilões? Humanos ou macacos? Realmente não dá para saber, pois tem dos dois nos dois lados.
Na verdade, a conclusão que cheguei com relação ao filme é que podemos ver a humanidade em nós e no outro, independente da espécie. Nós erramos, o outro também erra. A gente acerta, o outro também acerta. O que me levou a me questionar: e tudo na vida não depende demais de como lidamos ou percebemos algo, alguém ou determinada situação?
Extrapolando essa reflexão para os inúmeros conflitos que vem acontecendo no mundo. Percebo que a nossa tendência (e me incluo nisso) é tomarmos partido de um lado ou do outro, normalmente daquele que achamos mais fraco e esquecemos a humanidade do outro lado. Acima de tudo somos todos seres humanos e seguimos acertando e errando. Seria muito bom se conseguíssemos enxergar isso estabelecendo um diálogo sincero no sentido da resolução. É tão simples, mas ao mesmo tempo não é, pois a mesma humanidade que nos “humaniza” e nos faz sermos capazes de gestos extremos de amor e generosidade, também nos cega!
Não sou ingênua em acreditar que tudo se resolverá de forma rápida e justa, mas também não sou uma pessimista de plantão. Sigo acreditando em nós, sempre! 
Luciana Farias

Fonte imagem: http://www.planocritico.com/critica-planeta-dos-macacos-o-confronto/

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