18 de agosto de 2014

Acende, apaga, ou troca?


     Em um dado momento da minha vida meus pais resolveram trocar todas as lâmpadas da casa, que eram incandescentes, por fluorescentes, pois diziam ser estas mais econômicas. Mas, toda essa mudança para economizar não bastava, e eles sempre me diziam: Dani, ao sair de um cômodo, apague a luz!! Então, foi dessa forma que sempre fiz. Mas descobri que esta pode não ser a melhor forma de economia.

     A lâmpada incandescente, aquela criada por Thomaz Edison por volta de 1870 e usada até os dias de hoje, está definitivamente com os dias contados, pois tem até o final de 2016 para estarem fora das prateleiras. Esta, não é nenhum pouco econômica, pois a maior parte da energia produzida é “perdida” em forma de calor e não transformada em energia luminosa, como é o objetivo. Assim, as lâmpadas fluorescentes são uma alternativa para economia uma vez que apresentam maior vida útil e principalmente uma maior eficiência luminosa.

   Contudo, as lâmpadas fluorescentes, também chamadas de fluorescentes compactas ou eletrônicas, demandam um pico inicial grande de energia, assim não se torna tão vantajoso ligá-las e desligá-las o todo tempo. Além disso, quanto menos estas forem desligadas, maior a durabilidade do produto.

     Mas, deixar as luzes ligadas será a solução para economia?? Bom, o uso deve ser consciente sempre. Se não há necessidade de ascender às luzes, podemos evitar esse gasto. Mas se for realmente necessário ascender, temos que pensar um pouquinho antes de desligá-la, para evitar que seja ligada em seguida e gaste mais energia à toa.

     Então, comparando a lâmpada incandescente com a fluorescente, a segunda demonstra mais vantagens mas, possui um aspecto ambiental negativo. Ela é formada por mercúrio, um metal pesado que causa danos ao meio ambiente, por isso não devem ser descartadas no lixo comum. Nesse sentido, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, no Art. 33 diz que o fornecedor do produto é responsável por “estruturar e implementar um sistema de logística reversa”, ou seja, o fornecedor deve indicar postos de descarte e coleta deste material para que este tenha um fim adequado. 

     Mas quem pensa que essa história da substituição termina por aí está muito enganado. Levando em consideração a economia e a diminuição dos impactos ambientais, temos as lâmpadas de LED (Light Emitting Diode) que quer dizer que elas trabalham com diodo emitindo luz. Elas apresentam maior eficiência e maior vida útil se comparadas com as lâmpadas fluorescentes, segundo Cervi 2005. Portanto, as lâmpadas de LED um dia dominarão, enquanto isso, no Brasil, ainda estamos vivendo a era da substituição das incandescentes pelas fluorescentes, como aconteceu lá em casa.

Daniele Gomes Bispo



Fontes:

(Inmetro) http://www.inmetro.gov.br/noticias/verNoticia.asp?seq_noticia=3598 (Repórter Eco- TV Cultura)

http://tvcultura.cmais.com.br/reportereco/programas/reporter-eco-11-05-2014 (Artigo)

http://www3.fsa.br/localuser/energia/QEE%20E%20TECNOLOGIAS%20DE%20USO%20FINAL/ARQ_6.pdf (Política Nacional de Resíduos sólidos)

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm (Proteste- Associação de Consumidores)

http://www.proteste.org.br/casa/nc/noticia/lampadas-pouco-duraveis-e-de-baixa-qualidade

Fotos: 

http://meninadenegocios.com/2014/02/21/com-que-lampada-eu-vou/

http://www.blogdrveit.com.br/lampadas-incandescentes-fluorescentes-e-led/

Um comentário: