4 de outubro de 2015

Geração Facilitadora


Observamos ao longo dos séculos, como os seres humanos sempre dependeram de certas facilidades que a natureza poderia nos oferecer para suprir nossas necessidades. No começo, foi o fogo que permitiu, em grande parte, que o homem primitivo perpetuasse sua existência. Por outro lado, na idade média, foi a manipulação de substâncias e elementos químicos, o que fez com que os historiadores intitulassem essa época de "idade do cobre". Ponto crucial para o que posteriormente nós chamaríamos de Revolução Industrial, culminando com o acesso a toda essa tecnologia da sociedade contemporânea. Entretanto, apenas no início deste século foi que a preocupação com a fonte “inesgotável” de recursos - o planeta Terra - começou a despertar preocupações com relação aos nossos hábitos de consumo sobre o meio ambiente.

Por exemplo, diariamente, a "emissão de gases poluentes", "agravamento no efeito estufa", "devastação da natureza para a monocultura" e "aquecimento global" são palavras comumente utilizadas para nos alertar que os hábitos de consumo desta sociedade moderna, pois apesar provida de todos os seus aparatos informativos e tecnológicos desenvolvidos, ainda não se conscientizou que há limites para o desenvolvimento. Esta mesma sociedade, desfragmentada, carece de altruísmo, visto que ainda presenciamos cenas de inversão de valores, noticiados em forma de contrabando de animais silvestres, em mapeamentos de grades áreas de desmatamento, testes de fármacos e cosméticos em animais indefesos e antagonismo dos números da produção de comida frente a fome que diversas regiões do planeta sofrem.
Mas, você já se imaginou num mundo onde não houvesse o mínimo de preocupação com a poluição do ar, de rios ou florestas? Lugar onde pudéssemos extrair tudo e qualquer coisa do planeta que não faria diferença no equilíbrio ambiental? Ou que existisse um modo simples e instantâneo para reflorestar qualquer área? Até mesmo, não ter a necessidade de reciclar, pois tudo seria reutilizável? Essas perguntas, apesar de serem fantasiosas num primeiro momento, elucidam como o nosso entorno é tratado atualmente. Apesar de sabermos que quase nada disso é possível, o ambiente é tratado como se fosse uma fonte infinita de recursos que está à disposição da espécie humana. Mas ainda que não pareça, começa a surgir uma nova geração, uma facilitadora da mudança necessária para alterar este cenário.
Essa geração facilitadora trará modificação de consciência, tão necessária para a prática real da mudança, a qual se dará em diferentes níveis, seja no investimento à pesquisas que procurem de alguma forma promover a reflexão das pessoas na esfera social, como por exemplo, nas expressões artísticas ou ainda, em pesquisas de caráter técnico-científico, como o estudo de uma bactéria que se alimente de plástico ou uma fonte de energia a partir dos ventos. Nesse sentido, a educação de uma nação tem como dever, elucidar os problemas que enfrentamos no mundo e promover as críticas e buscar as soluções.
Gerações são feitas de pessoas, portanto, sejamos, independente de faixa etária, nacionalidade, partido político, visão ideológica ou religiosa, uma geração facilitadora, que permita que os grandes avanços da ciência, as descobertas, invenções e inovações sejam distribuídos em prol da generosidade humanitária e de todas as espécies que habitam este planeta, sobrepondo a somente interesse individuais. Afinal, tudo começou com uma porção de moléculas inanimadas, ligações químicas, impulsos elétricos, forças físicas, que em bilhões e bilhões de anos de evolução, originaram entre outras, a espécie humana, dotada de inteligência para criar um mundo onde seja possível que as reflexões feitas ao longo deste texto saltem da utopia à realidade.

 Amanda Malheiros
 
Fonte imagem: http://nossacausa.com/o-papel-do-facilitador-em-processos-de-desenvolvimento-social/facilitador/

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