28 de novembro de 2016

A Vaidade no Viés da Sustentabilidade



Vaidade tem como significado a valorização que se atribui à própria aparência ou quaisquer qualidades físicas ou intelectuais, fundamentada no desejo de que tais qualidades sejam reconhecidas ou admiradas pelos outros. Todos nós temos um grau variado de vaidade, sendo, esta, inclusive, útil como forma de cuidar-se, dar-se carinho e aumentar autoestima.

No presente texto, será dado enfoque à questão da vaidade com relação a valorização à aparência física e sua relação com o meio ambiente.

Segundo a ABIHPEC (2016) o Brasil ocupa a quarta posição no consumo de cosméticos em relação ao mercado mundial de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. E a reflexão que este dado nos traz está diretamente relacionada ao meio ambiente. E o leitor faria ideia do porquê? Simples, porque em meio ao consumo exagerado de produtos para se manter a higiene e a beleza, devemos nos perguntar como as pessoas estão descartando cosméticos que ultrapassaram seu tempo útil (validade)?

Tendo em vista que estamos falando de um setor industrial que está a todo momento lançando novidades, o consumidor na ânsia de se atualizar diante das inúmeras novidades, acaba comprando produtos com pequenas diferenças entre si e muito deles acabam caindo no desuso e ultrapassando sua data de validade. Com o risco à saúde que estes produtos proporcionam após atingir sua validade, é de costume descartá-los no lixo comum, mas e o que acontece com os compostos químicos que estão presentes na composição de vários desses nossos queridinhos?

Segue alguns exemplos destes compostos químicos citados acima:

·         METIL, PROPIL, BUTIL E ETIL PARABENO que basicamente são conservantes e evitam o crescimento de micro-organismos. Podem causar reações alérgicas. Estudos mostram que podem ser absorvidos pela pele e é um dos componentes mais comuns nos cosméticos embora sejam tóxicos.

·         DEITANOLAMINA (DEA), TRIETANOLAMINA (TEA) são usados como emulsionantes ou espumantes nos cosméticos. São compostos de amônia.

·         DIAZOLIDINIL UREA, IMIDAZOLIDINYL UREA
conservantes muito comuns em cosméticos. Atendem também pelo nome de Germall e não é um fungicida eficaz, assim precisa ser combinado com outro conservante como os parabenos.

·         PETROLATO (PETROLATUM) um óleo mineral que é usado por sua ação emoliente. Normalmente os silicones.

·         COPOLYMER VA/PVP derivado do petróleo muito utilizado em sprays,cremes de pentear e outros cosméticos. Sua toxicidade vem de suas partículas que quando inaladas podem causar danos nos pulmões de pessoas suscetíveis.

·         CORANTES SINTÉTICOS são usados para dar um aspecto atraente aos cosméticos. Normalmente se apresentam como FD&C ou D&C, e acompanhados por uma cor e um número. Exemplo: FD&C Laranja n.4 / D&C Lilás n.5 - e sim: corantes sintéticos podem ser cancerígenos. São encontrados naquele hidratante de cor linda ou na sua tintura de cabelo.

Todavia, desde a lei 12.305 de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, está previsto o desenvolvimento de uma nova forma de geração dos nossos resíduos, em um amplo processo de mobilização e participação social. Nesse sentido, baseado no conceito de responsabilidade compartilhada, a sociedade como um todo – cidadãos, governos, setor privado e sociedade civil organizada – passou a ser responsável pela gestão ambientalmente adequada dos resíduos sólidos. Agora o cidadão é responsável não só pela disposição correta dos resíduos que gera, mas também é “convidado” a repensar também o seu papel como consumidor; o setor privado, por sua vez, fica responsável pelo gerenciamento ambientalmente correto dos resíduos sólidos, pela sua reincorporação na cadeia produtiva e pelas inovações nos produtos que tragam benefícios socioambientais, sempre que possível; os governos federal, estaduais e municipais são responsáveis pela elaboração e implementação dos planos de gestão de resíduos sólidos, assim como dos demais instrumentos previstos na PNRS” (Ministério do Meio Ambiente).

Por outro lado, apesar de ainda serem poucas, já existem uma lista de empresas que se responsabiliza pelo descarte de seus produtos, como a Avon que em parceria com a TerraCycle criou um programa de reciclagem de maquiagem e esmaltes. O programa irá proporcionar o descarte correto destes resíduos e a oportunidade de arrecadar dinheiro aos participantes. Na loja Ikesaki, uma perfumaria no bairro da Liberdade, em São Paulo, também existe um coletor da Risqué em formato de um vidro de esmalte gigante. É nesse local que esmaltes de qualquer marca (nacionais ou internacionais) podem ser descartados.

 Juliane Rodrigues

Referência Bibliográfica

http://www.ecodesenvolvimento.org/simplificando/2013/junho/cosmeticos-sustentaveis-que-componentes-da-formula#ixzz4RBMOF7a8

Fonte Imagens

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKrWYDjlcVSvzTqokaMXYmZsF50wYhk5bUVzX0_T9jSlV0Zt9wcWe1kqTQwALxDw0ATkLGRxWyAVVSfu6N_69BkNYRTVgpbhZJL1csEnoJoAuGkLMRK_2JUmSqjixoAp694-rH_m40nAQ/s1600/lixo2.jpg

http://www.hypeness.com.br/2016/06/marca-de-cosmeticos-troca-embalagem-usada-por-batom-novo-gratis-para-embelezar-e-salvar-o-planeta/
 
 
 
 

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