Pessoal, hoje fui assistir ao filme “Planeta dos Macacos” e simplesmente AMEI!
Fazia muito tempo que não assistia um Blockbuster tão bom, mesmo sabendo que
este tipo de filme é feito para faturar, para agradar ao máximo de gente
possível. E não estou me referindo somente ao trabalho técnico, que realmente
impressiona. Tem momentos no filme que ficamos nos perguntando se realmente os
macacos são uma criação computacional ou não, haja vista a perfeição, o grau de
realismo atingido. Mas também estou me referindo ao roteiro, que é magnífico!
Nesta sequência, os humanos foram assolados por uma gripe símia e quase
levados à extinção. Concomitantemente, César, o líder e que libertou os demais macacos
do cativeiro, guia a todos para a paz, no meio de uma floresta ao redor de São
Francisco, criando uma sociedade relativamente harmoniosa e de aprendizado. Até
que o reencontro com os seres humanos se dá novamente e os conflitos vêem à
tona.
À medida que a história se desenrola, vamos sendo conduzidos em um
momento a pensar como nós, seres humanos, somos maus e que os macacos são capazes
de sentimentos nobres, dos quais somos desprovidos, para em seguida nos
defrontamos com a situação inversa, na qual sentimentos de vingança e inveja criam
forma e força na sociedade dos macacos e podemos encontrar nesse momento, sentimentos
de amizade e solidariedade entre os humanos. Daí nos perguntamos e agora? Quem
são os heróis? Quem são os vilões? Humanos ou macacos? Realmente não dá para
saber, pois tem dos dois nos dois lados.
Na verdade, a conclusão que cheguei com relação ao filme é que podemos ver a humanidade em
nós e no outro, independente da espécie. Nós erramos, o outro também erra. A
gente acerta, o outro também acerta. O que me levou a me questionar: e tudo na vida não depende demais de como
lidamos ou percebemos algo, alguém ou determinada situação?
Extrapolando essa reflexão para os inúmeros conflitos que vem acontecendo
no mundo. Percebo que a nossa tendência (e me incluo nisso) é tomarmos partido
de um lado ou do outro, normalmente daquele que achamos mais fraco e esquecemos
a humanidade do outro lado. Acima de tudo somos todos seres humanos e seguimos
acertando e errando. Seria muito bom se conseguíssemos enxergar isso estabelecendo
um diálogo sincero no sentido da resolução. É tão simples, mas ao mesmo tempo
não é, pois a mesma humanidade que nos “humaniza” e nos faz sermos capazes de
gestos extremos de amor e generosidade, também nos cega!
Não sou ingênua em acreditar que tudo se resolverá de forma rápida e justa, mas também não sou uma pessimista de plantão. Sigo acreditando em nós, sempre!
Luciana Farias
Fonte imagem: http://www.planocritico.com/critica-planeta-dos-macacos-o-confronto/
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