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3 de abril de 2016

Clean-up day every day!



Ao nos prepararmos para um passeio na praia, em geral levamos guarda sol, cadeiras, cangas, esteiras, protetor solar, barracas e utensílios de acampamento, para os mais aventureiros e por aí vai. Agora, que tal incluir nessa bagagem luvas higiênicas e sacos grandes de lixo?
Na semana passada, ocorreu em Ubatuba-SP o “Clean-up day”, um mutirão para limpar 12 praias da região. Muito legal a iniciativa!
Durante os últimos anos a Secretaria de Meio Ambiente de diferentes municípios brasileiros vem realizando o “Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias”, evento que reúne anualmente, em média, 35 milhões de pessoas ao redor do mundo e em Ubatuba não foi diferente.
Mas será que precisa de um evento assim para fazermos nossa parte? Será que simplesmente não jogarmos lixo na praia já não seria o suficiente? Há alguns anos, eu e minhas amigas criamos o hábito de em todas as caminhadas que damos pela praia, recolhermos os lixos que encontramos pelo caminho. Experimente fazer isso uma vez, você nunca mais vai conseguir parar! O ideal é usar as luvas higiênicas, mas às vezes improvisar uma sacolinha na mão já ajuda.
Em algumas praias, infelizmente é necessário um verdadeiro mutirão, principalmente em épocas de alta temporada, já em outras, sobretudo em baixa temporada, um grupo pequeno já consegue produzir resultados incríveis. Também é muito legal a reação das pessoas que observam a ação, muitas parabenizam, outras não dizem nada, mas é bem provável que reflitam sobre a questão, nem que seja por poucos instantes. Ainda que muitas vezes não seja possível remover todo o lixo presente no local, é muito satisfatório dar um delicioso mergulho no mar depois de contribuir um pouco para manter a beleza e a vida desses paraísos naturais que são as nossas praias.
Nicole Rodrigues
Referência
http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2016/03/mutirao-deve-mobilizar-voluntarios-na-limpeza-de-praias-em-ubatuba-sp.html

Fonte Imagem
http://www.ubatuba.sp.gov.br/smma/escolas-da-rede-municipal-de-ubatuba-participam-do-clean-up-day/attachment/clean-up-day_-marco-2016-9/

6 de dezembro de 2015

Expanda suas ideias sobre a educação!

Quantas vezes você, quando em idade escolar, já ouviu ou disse às vésperas de um feriado: “Que alegria, não vai ter aula!”. Ou pensou em um domingo: “Ah, não, amanhã vou ter que ir pra escola!”. Mas será que ir para aula não pode ser algo prazeroso? Quais mudanças seriam necessárias para que essa atividade não seja tão desestimulante? Já pensou sobre isso?

 Nesse sentido, gostaria de sugerir dois documentários que nos fazem repensar os moldes em que a grande maioria das escolas e universidades ainda funcionam. Em “A Educação proibida”, é feita uma brilhante análise sobre o cenário educacional atual, enfatizando a grande necessidade de inovar, uma vez que o modelo não mudou quase nada desde o século 18. Acredito que todo mundo que já frequentou uma escola vai se identificar com as questões levantadas. Ao final do documentário são então apresentadas alternativas para uma educação mais estimulante e um aprendizado mais prazeroso. “Quando sinto que já sei” segue a mesma linha, mas mostrando exemplos de escolas alternativas que já existem aqui no Brasil. Vale muito apena conferir! São algumas horas que podem te deixar refletindo por dias ou pela vida toda! Acredito que mesmo aqueles que não pretendem atuar na área da educação sentirão vontade de querer participar dessa mudança.
https://www.youtube.com/watch?v=-t60Gc00Bt8

 Dos pontos apresentados nos dois documentários, gostaria de destacar dois. Hoje em dia, observamos muito mais o incentivo à competição do que ao trabalho em grupo nos ambientes de ensino. A criança desenvolve esse espírito competitivo e muitas vezes carrega isso para a vida toda e como consequência, há a formação de profissionais que não conseguem se ajudar entre si e tendem a guardar informações para si mesmos, ao invés de compartilhar seu conhecimento com os outros, pois acreditam que se darão melhor assim. O meio acadêmico é um grande exemplo de onde isso ocorre, como já foi discutido no texto sobre Ciência e Democracia. O outro aspecto que eu gostaria de enfatizar é a questão da curiosidade. Já reparou como as crianças possuem uma curiosidade natural? Em que momento perdemos essa vontade de explorar o mundo e por quê? Não é muito mais fácil e gostoso aprender sobre o que nos desperta curiosidade?

 Dessa forma, convido todos a pensar e repensar suas ideias sobre a educação e quais seriam os meios de estimular o trabalho colaborativo, a curiosidade e o que mais você achar necessário para revolucionar a forma como ensinamos e aprendemos. Como seria a escola dos seus sonhos?   E como a Educação Ambiental deve ser inserida na escola dos nossos sonhos? Sim, pois esta tem um papel fundamental nas questões socioambientais da atualidade.

Nicole Rodrigues

Fonte: https://www.google.com.br/search?q=A+Educa%C3%A7%C3%A3o+Proibida&oq=A+Educa%C3%A7%C3%A3o+Proibida&aqs=chrome..69i57j69i64.441j0j8&sourceid=chrome&es_sm=0&ie=UTF-8

30 de março de 2015

Ciência e democracia?


     O físico Carl Sagan, no segundo capítulo de seu livro “O mundo assombrado pelos demônios” (1995), traça um paralelo entre a ciência e a democracia, afirmando que ambas apresentam valores que são, muitas vezes, indistinguíveis. E dois são os motivos apresentados por ele para corroborar essa afirmação, sendo o primeiro deles é que “a ciência confere poder a qualquer um que se der ao trabalho de aprendê-la (embora muitos tenham sido sistematicamente impedidos de adquirir esse conhecimento). E o segundo é que ela se nutre, na verdade, necessita, do livre intercâmbio de ideias; seus valores são opostos ao sigilo”.
     Concordo plenamente com o primeiro dos motivos apresentado acima, entretanto, o segundo não me convenceu.
     Posso estar muito enganada, até porque fui apresentada ao meio acadêmico há muito pouco tempo, mas tenho a impressão de que, uma vez que o status de um pesquisador é dado aqui no Brasil pelo seu número de publicações e citações (entre outros fatores), muitos cientistas não compartilham suas ideias por medo de perderem uma publicação para outros colegas. O resultado são trabalhos que dão a sensação de incompletude, mas que, se fossem feitos em colaboração com outros autores de áreas afins, poderiam produzir trabalhos de qualidade muito melhor e aplicações muito mais efetivas. 
    Neste sentido, pensando nos trabalhos relacionados à questão ambiental, me parece altamente proveitoso que, cada vez mais, sejam elaborados por um conjunto de profissionais especializados em diferentes áreas do conhecimento. E que, quanto à divulgação científica, acho que é muito acessível pra quem souber procurar com a grande disponibilidade de bibliografias online e realização de congressos que permitem o intercâmbio de ideias entre pesquisadores. As tecnologias para essa troca não faltam, mesmo que em muitos casos elas não funcionem na prática. Boa vontade? Será?
     Outra coisa que me incomoda no desenvolvimento da ciência no Brasil é o alto incentivo para a publicação de coisas novas e em contrapartida o baixo investimento para que muitas delas saiam do papel. Já existem tecnologias produzidas no país para energia produzida a partir do
movimento das ondas do mar e veículos movidos a hidrogênio, só para citar dois exemplos (existem muitas outras), mas não vemos nenhuma delas sendo implementada em nossas cidades, mesmo sabendo o quão vantajosas seriam do ponto de vista ambiental. Mas por quê? Questões políticas. Não há investimento por parte do governo, provavelmente porque é desvantajoso economicamente.
     Fica essa reflexão a você leitores. Quanto ao livro mencionado no primeiro parágrafo, fica a dica de sua leitura. Apesar do título inusitado, esse é um excelente livro que trata da distinção entre ciência e pseudociência, de como grande parte da população toma a segunda pela primeira e de como isso pode ser prejudicial para quem o faz. Ele se encontra disponível gratuitamente em: http://www.filosofia.art.br/download/filosofia/carl_sagan_o_mundo_assombrado_pelos_demonios.pdf.

Nicole Pinotte Rodrigues

Fontes: 
http://www.oabdeprimeira.com.br 
http://www.anovaeconomia.com.br

11 de agosto de 2014

A Copa já acabou, as eleições estão por vir, mas... 2014 também é o Ano Internacional da Agricultura Familiar, vamos incentivar!

    


     Desde que estava me preparando para o vestibular (há cerca de cinco anos), já ouvia meus professores de geografia falarem da tal agricultura familiar e de como ela poderia representar um importante recurso para a erradicação da fome e da pobreza, uma vez que fossem promovidos devidos aprimoramentos e valorização. Isso porque o problema da fome somado ao crescimento populacional demanda um aumento na produção de alimentos.

22 de abril de 2014

O desafio da erradicação dos lixões

A Lei 12.305/10 que fundamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece um prazo de quatro anos para a eliminação e recuperação de todos os lixões do país. Ela foi sancionada em 2 de agosto de 2010, ou seja, o prazo já está acabando! Será que a meta vai ser atingida? Ainda há muito a se fazer? Quais as medidas a serem tomadas?

13 de janeiro de 2014

Bitucas de cigarro: é possível reciclar / reutilizar?


Seria ótimo para a saúde da população e a limpeza das ruas se não houvesse mais fumantes, mas enquanto isso ainda é inviável, pesquisadores, estudantes e pessoas em geral estão buscando maneiras de reciclar esse resíduo. Observando o chão de ruas, praias, praças e espaços abertos em geral, constata-se que o resíduo encontrado em maior quantidade muitas vezes são as bitucas e aqueles que as jogam nem imaginam o seu potencial.

A primeira iniciativa de reciclagem desse resíduo foi a do americano Tom Skazy, criador da empresa TerraCycle. O método consiste na extração do acetato de celulose presente no filtro do cigarro, que pode ser transformado em plástico. Essa tecnologia já se expandiu para o Canadá e Espanha, além dos Estados Unidos, e deve chegar em breve na França, Alemanha, Suíça, Áustria, Noruega, Dinamarca, Suécia e Finlândia. Mas a reciclagem de bitucas não é uma exclusividade de países de primeiro mundo.
Em 2012, três estudantes entre 16 e 18 anos do curso de Administração da Escola Técnica Estadual de Heliópolis desenvolveram um projeto coordenado pela professora Taís Bisbocci que produz pasta de celulose a partir das bitucas para produzir papel. A iniciativa recebeu o nome de Sementuca, uma alusão ao tipo de papel produzido, o papel semente, que consiste em papel reciclado produzido com outras fontes de celulose como sementes, nesse caso, os resíduos de cigarros. Eles utilizaram no experimento 50% de bitucas e 50% de papel reciclado, mas um dos alunos, Vinícius de Souza, afirma que ele pode ser feito inteiramente com as bitucas. O rendimento é de 7 folhas de tamanho A4 para cada 200 g de bitucas. Essa tecnologia é brasileira e foi elaborada em 2003 por Marco Antônio Barbosa Duarte que, na época, era graduando em Biologia na Universidade de Brasília, Marco Antônio Barbosa Duarte, sob a orientação da professora Thérèse Hoffman, do Instituto de Artes e do professor Paulo Suarez, do Departamento de Química.
E falando em arte, existem artistas que reutilizam esse resíduo de como matéria-prima para produzir sua arte, como é o caso de Piauí Ecologia, aritsta de rua  que expõe sua arte na Av. Paulista. http://www.youtube.com/watch?v=6YLWf0jNKX4
Outra aplicação interessante e brasileira é utilização do filtro como manta em processos de hidrosemeadura em áreas degradadas (processo que reveste encostas sem vegetação, saiba mais em http://www.madegramas.com.br/hidrosemeadura-grama.htm), sendo que o papel e o tabaco servem como fertilizantes.
Bem, agora que já se conhecem algumas das possibilidades de aplicações das bitucas de cigarro, se faz necessária a conscientização e mobilização das pessoas e a introdução de postos de coleta que as destinem a locais adequados, onde pode ser feita sua reciclagem, pois, ainda que sejam descartadas em cestos de lixo ou recolhidas das ruas por garis, elas serão dispostas em aterros, onde não terão funcionalidade alguma. Já existem algumas empresas que se responsabilizam pela coleta e destinação correta de bitucas como é o caso da Bituca Verde e da BituEco. Cabe a nós procurar conscientizar a população de nosso bairro, condomínio, escola, universidade, de modo a coletar as bitucas e encaminhá-las a estes locais.

Nicole Pinotte Rodrigues

18 de agosto de 2013

Surviving Progress



Surviving Progress- 2011

What is progress? Have we progressed in our habits? Why is the smartest specie in our planet destroying its own home? Can the technology solve the problems that it has been causing and has already caused?

These and other questions are addressed in this very interesting documentary about the meaning of progress, its frequent relationship with economic growth and how that might endanger the existence of life. It is based on the book “A short story of progress (2004)” of Ronald Wright, who has testimonials from Marina Silva, Jane Goodall, Stephen Hawking, among others from various sectors such as anthropology, politics, philosophy and workers.

Through data, beautiful images and reflections, it is indicated how fast the world is changing, especially after the Industrial Revolution. They consist in mere increase in quantity and complexity of what was already done, what does not guarantee improvement. It is thought about the effects of human evolution as a species (Homo sapiens) with the transformations of their habits, once biologically a little has changed in the last 50,000 years, in compensation, the behavioral changes were huge.

It is also discussed the issue of millennial financial oligarchy (economic power in the hands of a few), external debts, which seem to have no end, since the growing interest that prevent them from being settled, leading governments to seek alternatives like selling rights over natural resources.

In this context, arises Brazil. It is approached  the deforestation in the Amazon, the difficult supervision and the fact that the real guilty (big farmers, colonels, senators, representatives and international organizations) go unpunished, while low-income workers are suffering the consequences. Finally, it is discussed the issue of consumption, inequality (Europeans and Americans consume 50 times more than Bangladeshis) and alternatives to change the current parameters and save the planet. It's worth checking to reflect on the different aspects of the same issue.

Surviving Progress leaves us with a challenge: To prove that making apes smarter was not an evolutionary dead-end. (http://survivingprogress.com/?page_id=13)(http://blacksheepreviews.blogspot.com.br/2011/11/black-sheep-interviews-mathieu-roy.html)

                The documentary is available in the website http://vimeo.com/56217994

Nicole Pinotte Rodrigues (Translation: Fernanda Romero)

16 de agosto de 2013

Alimentação viva



            Falar de alimentação viva, não é, necessariamente, falar sobre ingerir animais vivos. A alimentação viva é baseada em brotos (sementes germinadas) e vegetais crus (frutas, folhas, grãos, raízes) e apresenta diversos benefícios para nós. Vale ressaltar que, infelizmente, a maior parte dos vegetais aos quais temos acesso está contaminada por agrotóxicos. Dessa maneira, devemos dar preferência a alimentos orgânicos e, se for possível, cultivar nossa própria horta. 

            Os benefícios desse tipo de alimentação se dão devido à preservação dos nutrientes dos vegetais que é prejudicada pelo cozimento. Esses nutrientes consistem de proteínas, carboidratos, gorduras, fibras, vitaminas e sais minerais. Além disso, principalmente os brotos, são assimilados mais facilmente pelo organismo, já que apresentam em sua composição as enzimas necessárias para a digestão dos mesmos, permitindo uma absorção mais eficiente dos nutrientes, pois menos energia é gasta na digestão. Ademais, os alimentos “vivos” são ricos em água vitalizada e fibras, que promovem uma verdadeira limpeza do nosso corpo, ajudando a eliminar toxinas e resíduos.

Fonte da imagem: misturaviva.blogspot.com

            Após conhecerem alguns dos benefícios do consumo de brotos (sementes germinadas), algumas pessoas podem se perguntar como obter esse tipo de alimento: basta adquirir sementes de boa procedência e a germinação pode ser feita em casa. É muito simples e econômico! O primeiro passo e colocar de uma a três colheres de sopa do grão escolhido (pode ser feijão, lentilha, grão de bico, quinoa, gergelim, mostarda, amendoim, milho, girassol, etc.) em um recipiente com água filtrada e deixar de molho por uma noite (8 a 12 horas). Depois deve-se escorrer e transferir os grãos para um germinador.

            O germinador é um recipiente com furinhos que servem para que os grãos possam ser lavados e mantenham-se úmidos, porém sem água acumulada. Ele pode ser feito com diversos materiais, como garrafas pet, galões ou garrafas de leite cortadas pela metade e com furinhos, vidros com a tampa furada ou vidros tampados com uma rede ou gaze, peneiras de plástico e até mesmo meias de nylon! Procure evitar apenas recipientes de metal, porque podem oxidar os brotos. Os germinadores devem ser mantidos em local quente e os grãos devem ser lavados somente com água três vezes ao dia, escorrendo bem. Essa água pode ser captada em uma bacia e reutilizada para, por exemplo, regar as plantas. Cada tipo de grão demora um tempo determinado para germinar, e assim que começarem ao formar o caule, já podem ser consumidos. Lembrando que essa fase de germinação representa a etapa mais rica em nutrientes do desenvolvimento vegetal.

Fonte da imagem: http://universoalimentos2.blogspot.com.br/2012/03/germinadores-caseiros.html


Fonte da imagem: http://universoalimentos2.blogspot.com.br/2012/03/germinadores-caseiros.html

            Mas tomem cuidado! Mudanças radicais repentinas na alimentação fazem mal para nós. Caso deseje adotar uma alimentação mais saudável, como a alimentação viva, lembre-se que os alimentos mais pesados devem ser substituídos paulatinamente e não abandonados de uma vez para que não haja deficiência de nutrientes. 



                                                                                         Nicole Pinotte Rodrigues

27 de junho de 2013

Comprar, jogar fora, comprar de novo...

            Você sabia que há mais de 100 anos já existe a tecnologia para produzir lâmpadas com duração vitalícia? Exemplo disso é uma lâmpada do Corpo de Bombeiros de Livermore, Califórnia, cujo filamento foi desenvolvido por Adolphe Chaillet e está acesa desde 1901, tornando-se assim atração turística na cidade. No entanto somente chegam ao mercado aquelas com até 1000 horas de vida útil. Esse é o exemplo mais clássico da obsolescência programada. Esta estratégia vem sendo empregada pelos fabricantes desde o início da produção em massa, reduzindo a vida útil ou mesmo estipulando um prazo de validade para os produtos de modo garantir um mercado consumidor.

Em 1932, Bernard London, um corretor imobiliário de Manhattan, publicou o folheto “Acabar com a Depressão através da obsolescência planejada”, que propunha tornar obrigatório o estabelecimento de um prazo de validade para produtos, que deveriam ser encaminhados a locais onde seriam destruídos após a expiração do mesmo. Não foi imposta nenhuma lei a relacionada ao tema, mas de fato a estratégia ganhou força após a crise de 1929, visando a recuperação econômica e vem se expandindo até os dias de hoje. Outro exemplo que ficou famoso foi o dos químicos da grande empresa DuPont. Eles investiram muito estudo para desenvolver meias mais duradouras. No entanto, após conseguirem o resultado esperado, foram obrigados a suspender a produção e as meias tiveram de ser retiradas do mercado e substituídas por modelos mais frágeis para não cessarem as vendas.

Atualmente, além dos produtos descartáveis e de vida curta que fazem parte do nosso dia-a-dia, observa-se fortemente a obsolescência perceptiva e a obsolescência tecnológica. A primeira está relacionada à moda e à cultura de que produtos mais antigos são insatisfatórios, a busca pelo novo apenas para “não ficar por fora” e está intimamente ligada ao crescimento da publicidade. A segunda também possui esse cunho de demanda por novidades, mas como o próprio nome já diz, de caráter tecnológico e esta pode ser de certa forma forçada pelos fabricantes. Por exemplo, é muito comum que, ao buscar a assistência técnica para consertar um pequeno defeito em um aparelho de celular, o cliente seja aconselhado a adquirir um novo aparelho, por conta de o conserto demandar peças que não são mais fabricadas ou mesmo por sair mais barato. O fenômeno se expande para a grande maioria dos eletroeletrônicos, como algumas impressoras, que contam com dispositivos que bloqueiam seu funcionamento após determinado número de impressões, obrigando o consumidor desinformado de adquirir uma nova máquina. Nesse setor também há marcante presença da obsolescência perceptiva com a busca de modelos cada vez mais modernos e com inovações tecnológicas, muitas vezes desnecessárias e que pouco diferem do modelo anterior.



Além de representarem um exemplo de como a sociedade atual pode perder grande parte dos reais valores como o prazer de apreciar a natureza, desfrutar da companhia de amigos e familiares e amar os demais e a si mesmo pelo que são e não pelo que tem, os fatos apresentados acima apresentam grande perigos materiais. Afinal, um crescimento econômico incessante que para acontecer requer um consumismo sem fim parece um tanto incompatível com um planeta de recursos limitados. Isso sem falar na geração de lixo para o qual, com exceção da reciclagem e reaproveitamento, não existe tratamento adequado. Mas ainda há tempo de mudar esse cenário, basta reduzir de uma vez por todas os hábitos de consumo, comprando apenas o imprescindível (alimentos, higiene), priorizando o que não vier em embalagens e caso haja embalagem, que ela seja reciclada ou reaproveitada. E cuide bem de suas coisas para que elas possam durar mais.

Nicole Pinotte Rodrigues

Baseado no documentário “Comprar, jogar fora, comprar: A história secreta da obsolescência programada” (2009)

24 de abril de 2013

Ação do Dia da Terra, Parte II - OFICINA!

No dia 19/04 foi comemorado o dia do Índio! 

E, para comemorar essa data, nós desenvolvemos uma oficina de confecção de 3 objetos com materiais alternativos, promovendo a reutilização de materiais recicláveis.

A oficina faz parte da ação do Dia da Terra que estamos desenvolvendo com os alunos das 7ª e 8ª séries da Escola Gregório Bezerra. No primeiro dia de atividades fizemos a abertura, como compartilhado com vocês na postagem da Luciana Farias: http://www.quimicandocomaciencia.blogspot.com.br/2013/04/pois-e_20.html

O segundo dia de atividades foi no dia do índio, onde a oficina foi realizada. Veja abaixo o depoimento da Nicole sobre como foi desenvolver esse trabalho:

“A oficina de artesanato com materiais reutilizados foi uma atividade muito prazerosa para nós e acredito que também para os alunos. 

Antes de dar início às oficinas, foi muito satisfatório observar o interesse dos jovens pela cadeira e pelos jogos feitos com sucata que estavam expostos (uma pista de corrida das tampinhas e o jogo de damas, ambos feitos com retalhos de papelão e tampinhas, sendo que o segundo veio a ser produzido por eles depois). 

Aproveitando a data comemorativa do Dia do Índio, pôde-se discorrer brevemente sobre a cultura indígena, apontando o fato de que aqueles que mantêm suas raízes primitivas fabricam seus próprios utensílios e, como o trabalho artesanal é muito menos danoso frente ao industrial. 

Posteriormente foi apresentada a lenda do filtro dos sonhos, artefato de origem indígena e um dos itens confeccionados na oficina. O filtro dos sonhos é geralmente feito com cipó, linha e penas, mas, como o objetivo era ressaltar a possibilidade da reutilização foram usadas folhas de jornal, linhas feitas com sacolas plásticas, plástico de garrafa pet cortado em forma de pena e miçangas para decoração. 

Alguns alunos, naturalmente, tiveram certa dificuldade, mas a maioria se saiu surpreendentemente bem, aprendendo facilmente a técnica e o resultado foram trabalhos muito bonitos e criativos. 

Muita criatividade também se viu no porta-treco de garrafa pet, que foi ornamentado com canetinhas coloridas e utilizado para guardar as peças do jogo de damas, que, assim como o tabuleiro, foram pintadas por eles. 

Foi muito gratificante ver a participação e o empenho não só dos alunos, mas também dos professores e funcionários da escola durante a atividade e o interesse que alguns tiveram de fazer todos os três itens apresentados. 

Conversar com eles e procurar passar algum ensinamento que eles possam levar adiante, foi muito prazeroso. A união e ajuda mútua entre os membros do Quimicando foi admirável (gratidão, irmãos!). 

Foi um grande aprendizado para nós e uma experiência maravilhosa que superou muito as expectativas e espero que tenha sido a primeira de muitas que estão por vir”

A próxima atividade realizada foi a gincana do Dia da Terra, em breve postaremos contanto o trabalho desenvolvido e a nossa experiência!

Ana Carolina de Assis Rocha e Nicole Pinotte Rodrigues