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9 de novembro de 2016

COMO VOCÊ ESCOLHE SEU ALIMENTO?

O espantoso nalimentoúmero de 1,3 bilhões de toneladas de alimentos desperdiçados é acompanhado de uma escala anual de acordo com um relatório desenvolvido no ano de 2013 pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)¹. O alerta se dá  não somente pela imensa quantidade de comida ao que o relatório se refere, mas também às 870 milhões de pessoas que passam fome todos os dias, e que não apenas sentem fome, mas vivem em situações precárias e desumanas¹.

Paralelamente, ocorre a perda e o desperdício de alimento, dinheiro e principalmente de recursos naturais, como por exemplo: a utilização da água, o uso do solo, a mão de obra, o consumo de energia e a emissão de gases provenientes dos diversos processos  atrelados à comercialização. No Brasil, o cenário não se apresenta muito diferente, visto que o país é um dos dez que mais desperdiçam comida em todo o mundo².

A fome é consequência dos padrões atribuídos a tudo que está ao nosso redor, até mesmo aos alimentos. Todos buscam alimentos sem os “machucadinhos” de batidas e em uma dimensão que seja “aceitável”, não muito pequenos e nem muito grandes. Desta  maneira, muitos dos alimentos não chegam nem a serem levados aos olhos dos exigentes consumidores, sendo uma grande quantidade perdida. Há ainda aqueles alimentos que são encaminhados para a comercialização, podendofruta feia ou não serem vendidos, porém,  em ambas as situações acabam estragados, ocorrendo assim o desperdício destes alimentos³.

Algumas alternativas já foram pensadas objetivando diminuir a quantidade de alimentos que são jogados fora, de forma a tornar esta mercadoria acessível para outros consumidores, possibilitando a otimização de frutas “feias”. Este foi o adjetivo dado pelo Projeto  “Fruta Feia”, de iniciativa portuguesa, para as frutas que são consideradas fora dos padrões ideais, mas que mantém seu valor nutricional e qualidade. Esta cooperativa criou um mercado alternativo de frutas e verduras almejando alterar os padrões de consumo,  onde os agricultores conseguem vender estes produtos por um preço reduzido para consumidores conscientes4.

Outra campanha é a “Pensar.Comer.Conservar” da Iniciativa Save Food e parceiros, onde há um portal de dicas e informações direcionados aos consumidores e comerciantes, de pequeno e/ou grande consumo de alimentos, onde há a reunião de ações contra perdas e desperdício³.

Facilmente o despecenourardício alheio é identificado, porém dificilmente reconhecemos os desperdícios que ocorrem próximos a nós, ou até mesmo, aqueles que são causados por nós mesmos. Um exemplo, são as feiras livres, em que em seu encerramento é nítido o descaso com que cada um dos comerciantes tratam os alimentos que estão feios. Os vegetais e frutas que são abandonados nas ruas nem sempre estão impróprios para consumo, porém, tudo é destinado ao lixo.


A coleta destes alimentos poderia ser feita muito antes de seu descarte, já que estes não aferem renda para o comerciante, podendo ser destinado a alimentação seja de comunidades carentes ou até animais. Para os que pensam que esta ideia é inovadora, se enganam, pois felizmente, esta alternativa já foi cogitada por um projeto denominado “Feirante Consciente” da Rede Cultural Beija-Flor que conta com comerciantes conscientes que doam estes alimentos feios para uma comunidade carente, sendo uma alternativa muito próxima à própria UNIFESP (Diadema), porém pouco conhecida5.

Atitudes como o programa “Fruta Feia” e “Feirante Consciente” são muito interessantes, pois são palpáveis, já que consistem de ações; enquanto que um portal de informações auxilia na divulgação da iniciativa. Considerando a situação que estamos hoje, necessitamos de mais atitudes e ações que sejam efetivas, ampliando as alternativas de intervenção e o mercado de “frutas feias” e quebrando os preconceitos que estão envolvidos no consumo, devendo este, ser consciente, visto que compramos mais do que necessitamos, e consumimos menos ainda. Porém, ações como essas devem estar acompanhadas de informação e de educação, que implica na necessidade de conscientização e reeducação alimentar, visando a minimização do desperdício.

Aline Vicentin

¹https://www.fao.org.br/daccatb.asp

²http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2015-04/domingo-editada-fao-quer-reduzir-perdas-de-alimentos-no-brasil

³ http://www.thinkeatsave.org/po/index.php/about/about-the-campaign

4http://www.frutafeia.pt/pt

5http://nutri-acao.blogspot.com.br/

Fonte imagem:

http://www.dicasdesaude.net/emagrecer-com-saude/

http://www.ideiasnamesa.unb.br/index.php?r=post/index&tag=desperd%C3%ADcio

3 de outubro de 2016

O que você faz com seu óleo de cozinha usado?


O que você faz com seu óleo de cozinha? Recicla, doa, vende, ou ainda, o descarta em alguma rede de esgoto ou terreno próximo? Se, individualmente, o consumo de óleo comestível é grande, imagine o uso de grandes estabelecimentos comerciais?!
Fui provocada recentemente por uma atitude muito interessante da minha mãe, no qual ela veio com uma receitinha simples de produção de sabão doméstico, do qual ela retirou da internet, falando que estava precisando fazer uso do óleo já utilizado. Ela seguiu etapa por etapa, e conseguiu um produto de qualidade (segundo ela), no qual suscitou o questionamento sobre o porquê de todos não aderirem tal postura, não necessariamente de produzir o sabão, mas ao menos armazená-lo e destiná-lo corretamente; e ainda, como óleo que engordura tudo pode se transformar em um produto que auxilia na sua própria limpeza.

 
 

Na realidade, tal prática já é conhecida a muito tempo, sendo que até os dias atuais a grande questão que envolve este resíduo proveniente de fontes residenciais e comerciais é a sua destinação pós uso, sendo que o descarte indevido, como por exemplo, o direcionamento para as redes de esgoto, prejudica o sistema em seu pleno funcionamento, contribuindo para o entupimento das tubulações, assim como são responsáveis pelo odor desagradável (ALBERICI & PONTES, 2004). Há ainda quem o descarte em terrenos próximos, fazendo com que tal resíduo entre em contato com o solo, podendo impermeabiliza-lo, repercutindo na interferência do fluxo da água por entre os poros.
 
 
Quando tal resíduo é descartado e/ou atinge os corpos hídricos, o mesmo tem a capacidade de formar uma barreira que dificulta a passagem de luz, como também influencia na oxigenação da água, devido à densidade da água ser superior à do óleo, repercutindo na qualidade do corpo d’água, assim como interfere no pleno desenvolvimento das comunidades aquáticas, como por exemplo, os peixes (ALBERICI & PONTES, 2004).
Para quem não sabe, o nosso óleo comestível pós uso pode ser destinado a pontos de entrega voluntária ou vendido para a reciclagem, no qual o resíduo pode ser reaproveitado a partir do processamento do mesmo visando um novo tipo de uso, sendo, neste caso, o óleo destinado à fabricação de sabão ecológico, podendo gerar uma renda extra ou ainda, produzir o sabão para consumo próprio. Se você não conhece um ponto de entrega de óleo, tal informação pode ser consultada pelo site Óleo Sustentável (http://www.oleosustentavel.org.br/#postos-coleta).
O óleo que engordura tudo, pode se transformar em um produto que auxilia na limpeza devido a formação de um composto, que é gerado a partir da reação de saponificação, e se torna vantajoso ambientalmente falando, visto que seu tempo de permanência no ambiente é menor que um dia, sendo mais facilmente degradado, devido às suas características químicas possibilitarem uma degradação mais eficiente por parte das bactérias (BALDASSO, PARADELA e HUSSAR, 2010).
Todavia, a fabricação do sabão envolve em seu processo uma substância tóxica responsável por muitos acidentes domésticos, a soda cáustica. Tal substância tem o potencial de lesar tanto a pele como os olhos de quem a manipula, a partir da desidratação intensa, saponificação da gordura corporal responsável pelo isolamento térmico e a inativação das proteínas enzimáticas (ZANASI JR, 2010 apud VITORI e FRADE, 2015). Exigindo, portanto, cuidados especiais para que acidentes não aconteçam, assim como, atentar-se às proporções indicadas, visto que sua alteração pode causar irritações na pele e corrosão de tecidos e/ou materiais, devendo seguir exigências da Anvisa (AKIRA, 2013). Akira (2013) explica que a quantidade de soda é o responsável por diversos problemas citados anteriormente, sendo que a determinação do índice de saponificação já resolveria tal impasse, adotando 0,136g de soda para cada grama de óleo (Xg de óleo x 0,136= Yg e soda).
Dessa maneira, a reciclagem do resíduo acaba sendo bastante vantajosa, principalmente, para o meio ambiente. Auxiliando na conservação pela minimização dos impactos e pressões humanas que exercemos sobre o meio ambiente a partir de atitudes simples, como por exemplo a reciclagem de um resíduo.
Se você quer aprender como fazer um sabão ecológico caseiro, segue uma receitinha. Lembrando que, existem várias receitas de reciclagem de óleo usado, porém, o importante é atentar-se aos cuidados exigidos no manuseio da soda cáustica e às quantidades necessárias para a fabricação do sabão.
 

Aline Vicentin
 
Referências
 
AKIRA, Roberto. Sabão de óleo usado – perigo das fórmulas que estão por aí!. Disponível em:< http://www.japudo.com.br/2013/12/29/sabao-de-oleo-usado-perigo-das-formulas-que-estao-por-ai/ >. Acesso em: 02, out., 2016.
ALBERICI, R. M. e PONTES, F. F. F. Reciclagem de óleo comestível usado através da fabricação de sabão. 2004. Revista Oficial do curso de Engenharia Ambiental – CREUPI. Engenharia Ambiental: Pesquisa e Tecnologia. Espírito Santo do Pinhal, SP.
BALDASSO, E.; PARADELA, A. L.; HUSSAR, G. J. Reaproveitamento de óleo de fritura na fabricação de sabão. 2010. Engenharia Ambiental - Espírito Santo do Pinhal, v. 7, n. 1, p. 216-228, jan./mar. 2010.
VITORI, Tássia Regina Santos; FRADE, Rodrigo Itaboray. Análise de Ingredientes e Processo de Produção de Sabão a partir do Óleo de Cozinha usado. Disponível em: < https://ldoih.files.wordpress.com/2012/08/tcc-tc3a1ssia-26-de-junho-final.pdf>. Acesso em: 02, out., 2016.
Fonte Imagens e Vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=26CyIo8nr4Q
 

 

 

16 de maio de 2016

Moda versus Meio Ambiente: uma perspectiva globalizante

Recentemente fui bombardeada via redes sociais com notícias que traziam como chamada uma atriz hollywoodiana: “Emma Watson usa look feito de garrafas plásticas no baile do MET”, “Calça, corpete e garrafa PET: look de famosa em baile de gala é CHEIO de surpresas”, “Como Emma Watson levou um discurso sobre sustentabilidade ao Met Gala”; entre diversas outras chamadas que traziam o mesmo conteúdo.
O evento em questão era o Baile de gala do Metropolitan Museum of Art (Museu de Arte Metropolitana) - MET, que ocorre anualmente em Nova York, sendo conhecido pelos looks temáticos e de gala, ambos marcantes, que atravessam o tapete vermelho. No “mundo da moda” este evento é muito esperado, visto que marca a abertura de uma nova exposição no Costume Institute (Instituto do Vestuário), área voltada ao assunto no museu, que abordará o impacto da tecnologia na moda¹². Neste ano, o evento se realizou no dia 02 de maio, com a respectiva temática: “Manus x machina: fashion in an age of technology” (Mão x máquina: moda na era da tecnologia)1234.

Desta maneira, a atriz apresentou-se com um traje que fora constituído por resíduos do plástic, que contaram com a parceria de duas grandes marcas. A estratégia utilizada é conhecida como logística reversa, que visa a destinação de resíduos ambientalmente adequada, assim como minimizar a geração de resíduos, reincorporando-os no processo produtivo, quando possível.
Primeiramente, é positivo do ponto de vista socioambiental, observar que a roupa pela qual a atriz optou gerou mais impacto midiático que os demais trajes, principalmente porque tal “look” foi utilizado em um evento de moda. A atriz conceituou a sua escolha a partir de sua página no Facebook5, explicando que o plástico é um dos maiores vilões do meio ambiente.
Refleti, então: estaríamos mais sensíveis aos impactos que nossas ações causam ao meio ambiente? Ou este seria apenas um mercado a ser explorado?
Atualmente a indústria têxtil apresenta extrema dependência dos insumos que o meio ambiente provê,
principalmente a água, visto que para a produção de um quilo (1Kg) de tecido, são necessários cento e cinquenta litros (150 L) de água (LEÃO et. al., 2002)6, e infelizmente, estes valores não são os mais alarmantes para o consumo, visto que abrangem apenas uma etapa do processo produtivo. Este setor industrial gera inúmeros impactos ambientais além do consumo de água, gerando resíduos líquidos, que podem conter substâncias químicas, provenientes do tingimento, branqueamento, acabamento e demais substâncias7, e contaminar corpos d’água e solos, quando não são devidamente tratados, prejudicando a dinâmica ecossistêmica. Outra abordagem relacionada, refere-se à escala de produção, como já é sabido por nós, consumidores, a quantidade de peças produzidas é gigantesca, haja vista a quantidade de itens que nossos guarda-roupas suportam.
A discussão acerca da indústria têxtil abrange diversas esferas, não apenas a abordada referente à utilização de plástico, mas também, envolvendo o sistema capitalista, de maneira geral, que estimula o consumo desenfreado sem atentar-se à matéria prima do qual provém, e outras, que se utilizam da mídia e pessoas influentes para divulgar tais posturas como “dentro do padrão” e “modernas”. A desconstrução deste ideal e a proposição de uma nova postura sustentável demonstra a perspectiva globalizante, proposta por Reigota (1995)9, abrangendo nossa atenção às questões ambientais.
Independentemente do real objetivo que embasou a escolha da atriz a proporcionar tal mobilização, esta atingiu um grande número de pessoas, que podem não ter mudado sua postura frente à situação atual, mas proporcionou, no mínimo, alguns minutos de reflexão, de maneira a instigar a construção de uma maior consciência ambiental frente ao consumo.
Quem sabe o próximo tema do Baile de Gala do MET não seja: “Moda versus Meio Ambiente: uma perspectiva globalizante”? Emma Watson já estaria preparada!

 Aline Vicentin

 Referências bibliográficas e imagens:


2 http://revistadonna.clicrbs.com.br/moda/met-gala-2016-com-taylor-swift-como-anfitria-tradicional-baile-tera-como-tema-limites-entre-moda-e-tecnologia/

3 http://ego.globo.com/moda/noticia/2016/05/veja-os-looks-das-famosas-no-tapete-vermelho-do-baile-de-gala-do-met.html





8 http://veja.abril.com.br/noticia/entretenimento/emma-watson-usa-vestido-feito-de-garrafas-plasticas-no-baile-do-met

9 REIGOTA, M. Meio ambiente e representação social. São Paulo: Cortez, 1995.

10 http://www.entendademoda.com.br/2015/09/entenda-de-moda-etica-moda-consciente-e-moda-sustentavel.html

10 de fevereiro de 2016

Carnaval: Bloco da Limpeza!

 
O carnaval é a data na qual ocorrem diversas festas e eventos, reunindo milhões de pessoas com uma paixão em comum, exprimindo características da cultura local em suas fantasias, trio elétricos, bandas, blocos carnavalescos, escolas de samba, marchinhas, carros alegóricos, tornando este evento um tanto alegre e colorido. Em 2016, ocorreu na segunda semana de fevereiro (09) e contou com os tradicionais desfiles de escolas de samba. Porém nem toda a agitação de Carnaval depende deste quesito, havendo assim, o carnaval de rua, menos glamoroso, mas não menos animado. Esta comemoração é tão marcante que foi registrada pelo Guinness Book (o livro dos recordes), onde o Carnaval no Rio de Janeiro foi apontado como o maior do mundo desde 2004.
A preparação para esta data é muito importante sendo o planejamento essencial, devido a concentração de indivíduos em um mesmo local. Assim, vários serviços são necessários, como por exemplo: policiamento, para evitar recorrentes furtos e brigas; serviços de saúde, para atender possíveis emergências médicas; bombeiros e outros. É esperado ainda, que toneladas de resíduos sejam descartados irregularmente, sujando as ruas e exigindo a atuação de serviços públicos de limpeza. Porém, muitas questões sobre o Carnaval parecem conflitantes, pois as notícias sobre a sujeira nas ruas, o abandono de carros alegóricos, as calçadas quebradas, os canteiros pisoteados e outros danos são recorrentes²³. Portanto, o que fazer?
 
Um exemplo clássico é a famosa serpentina, que consiste em uma fita de papel que ao ser lançada se desenrola6, e que depois de lançada cai no chão. Sinceramente, quem arremessa uma serpentina, e logo em seguida, a recolhe? Ninguém. Tanto as serpentinas, como os confetes, são materiais que se tornam lixo automaticamente, e acumulam-se nas vias e bueiros, tornando-se preocupantes quando ocorrem chuvas intensas, sendo responsável por eventos de alagamento.

O bloco de rua Bangalafumenga (RJ) fez um pronunciamento em 2015 após anunciar sua ausência no desfile do ano passado, reconhecendo a situação das ruas após o evento, defendendo: “Esperamos que este nosso manifesto sirva para conscientizar, ...”4. Apesar da efetividade desta medida ser questionável, é interessante a consciência que alguns organizadores têm, e provoca-nos a refletir sobre qual seria a grande dificuldade de jogar os seus próprios resíduos em lixeiras públicas. Porém, antes de listar as diversas falhas esperadas para justificar estas atitudes, torna-se hipocrisia imaginar que esta atitude de respeito à cidade e ao meio ambiente se deem só pela data festiva, visto que este quadro se repete rotineiramente.  Em contrapartida, há o Bloco da Limpeza Na Praia (RJ), que distribuiu sacolas recicladas com luvas para voluntários com o intuito de não haver acúmulo de lixo nas praias5.
Um exemplo clássico é a famosa serpentina, que consiste em uma fita de papel que ao ser lançada se desenrola6, e que depois de lançada cai no chão. Sinceramente, quem arremessa uma serpentina, e logo em seguida, a recolhe? Ninguém. Tanto as serpentinas, como os confetes, são materiais que se tornam lixo automaticamente, e acumulam-se nas vias e bueiros, tornando-se preocupantes quando ocorrem chuvas intensas, sendo responsável por eventos de alagamento.



O problema é conhecido e medidas simples auxiliariam na resolução deste impasse, porém muitos acreditam que o lixo jogado na rua não interfere no entorno de sua residência, o que me instiga a pensar que ninguém costuma jogar lixo em seu próprio quintal. Apesar deste hábito representar uma falha educacional e cultural, ainda há esforços no desenvolvimento de ações que priorizem a conscientização em datas festivas como o Carnaval, porém, pouco parece ser efetivo.

Aproveitar o Carnaval? Sempre, mas também participar do Bloco da Limpeza!
Aline Vicentin
 
 
²http://www.diariodolitoral.com.br/cotidiano/carros-alegoricos-ainda-estao-abandonados-na-zona-noroeste/32376/
³http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/235754-local-dos-shows-de-carnaval-deixa-sujeira-e-prejuizos-em-area-publica-no-centro-de-florianopolis.html
4http://oglobo.globo.com/rio/carnaval/2015/blocos-de-rua/bangalafumenga-cancela-desfile-este-ano-devido-sujeira-provocada-pelo-carnaval-15217159
5http://ricosurf.com.br/noticias/meio-ambiente/bloco-limpeza-na-praia-2016-carnaval-sem-sujeira/
6http://www.dicionarioinformal.com.br/serpentina/
Imagens:
 

 

20 de dezembro de 2015

Festa no Céu: uma Reflexão Sobre Tradições

Recentemente, assisti ao filme “Festa no céu” (título original “The book of Life”) dirigido por Jorge R. Gutierrez. Achei o filme super divertido e impressiona com o colorido de cada cena, sendo não apenas para as crianças, mas para a família inteira.
A história central se desenrola dentro de uma primeira história, quando uma guia de um museu conta às crianças uma das histórias do Livro da Vida, onde Manolo, Maria e Joaquim compõem um triângulo amoroso. Sendo este triângulo alvo de uma disputa de La Muerte (Catrina) e Xibalba, representando a terra dos lembrados e a dos esquecidos, respectivamente.
Como a maioria dos filmes, particularmente os hollywoodianos, a construção da história sob a perspectiva do espectador é previsível, visto à presença de itens “clichês”, como por exemplo, com o triângulo amoroso e de duas figuras marcantes, onde se observa a representação manequeísta do bem e do mal. Porém, dois personagens me chamaram a atenção, Maria e Manolo.
Maria é forte e independente, sendo uma das personagens mais incríveis pela desconstrução de submissão, a qual é normalmente atribuída às personagens de gênero feminino. Desde nova demonstra sua preocupação com os animais, protagonizando uma das cenas divertidas, onde liberta todos os animais de suas jaulas, pois sente dó de um porco, que mais tarde seria seu animal de estimação. Maria incita o ideal do direito intrínseco à vida dos animais, sendo, também mais tarde, contra as touradas.
Manolo é o mais novo representante de uma família inteira de toureiros, sendo pressionado a seguir a tradição da família. Porém, o jovem alimenta paixão pela música. Em sua primeira apresentação, se nega a matar o touro e ainda acrescenta que: “matar o touro é errado!”, impressionando sua amada. Este personagem me interessou pelo valor que atribui ao animal, mesmo que a não execução dos touros o torne uma vergonha para a família. Sua real intenção pode ser contestada, já que é implícito que tal ação agradaria a Maria.
A desconstrução destes personagens torna a trama mais interessante, pois determinadas ações não podem ser premeditadas pelos espectadores e os instigam a acompanhar o desenrolar da história. No confronto final, Manolo prova sua coragem e valores, ajudando sua cidade e conquistando Maria.

A trama está baseada principalmente na tradição do Dia dos mortos (Día de los Muertos), que ocorre dia 2 de novembro, como homenagem àqueles que já morreram. O que me faz perceber o conflito de determinadas tradições com a conservação do meio ambiente e seus componentes, como a fauna e a flora. Um exemplo disto é a tauromaquia, que consiste na “Arte de tourear, a pé ou a cavalo, em tauródromo.”², onde a tortura dos animais se torna prazerosa, sendo tal “arte” alvo de diversas críticas, sendo 80% dos mexicanos contra a prática³, contando com um público cada vez menor, comumente de pessoas mais velhas. 
Apesar de o filme exibir itens voltados à reflexão de valores e atitudes, parte dele me pareceu conflitante, onde a visão apresentada anteriormente pode ser classificada como globalizante, segundo a classificação de Reigota (1995)5. Houve cenas em que a tendência naturalista e a antropogênica ganharam destaque, como quando Manolo e Maria saem da cidade e estão diante de uma paisagem isenta de elementos antrópicos, indicando que o ser humano é um observador externo em relação à natureza; e relacionado à visão antropogênica, temos a seguinte afirmação: “ele será um matador”, sendo ditas pelo pai de Manolo, referindo-se a necessidade de matar o touro para honrar sua família.
Assim, encerro minha reflexão e convido-os a analisar este filme criticamente e, paralelamente, contestar as tradições e seus reais significados, relacionando-os aos valores atribuídos a qualquer forma de vida. 
 
Aline Vicentin


¹http://www.festanoceu-filme.com.br/
²http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=tauromaquia
³http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/02/protesto-no-mexico-pede-fim-das-touradas-no-pais.html
4http://cescobarecheverri.blogspot.com.br/2015/05/en-contra-de-la-tauromaquia.html
5REIGOTA, M. Meio Ambiente e representação social. São Paulo: Cortez, 1995.
6http://www.guiadasemana.com.br/cinema/filmes/sinopse/festa-no-ceu
7http://cinepop.com.br/wp-content/uploads/2014/10/CinePOp-2.jpg

15 de agosto de 2014

Because iniquity shall abound, the love of many shall wax cold #forpeaceinIsrael

Lately the news turned their attention to the Gaza Strip and its constant conflicts, with consequent deaths and devastation. Seniors, adults, youth, children and even babies Palestinians live days of terror seeking to survive, because in 18 days 844 people died, mostly civilians, reports Reuters. Many of them were beaten to death by injuries.
However, for those who survive, the consequences remain after the attacks. Within this perspective, the focus of this paper is to reflect on the climate of the city and brought the consequences to the health of survivors since the smoke left by the missile as well as contributing to the greenhouse effect, cause damage to health. Smoke is a mixture of solid particles and gases formed from the decomposition of some combustible material. The chemical composition of the smoke depends on the burning material but always contains carbon monoxide, nitrogen dioxide and sulfur dioxide, among other generally toxic substances. Among the effects of smoke on people are decreased visibility, tearing and eye irritation, rapid breathing and heartbeat, intoxication and choking, vomiting, coughing and death. Continued inhalation of small amounts of smoke, as in smokers, for example, leads to chronic inflammation and lung malfunction, dilation and destruction of these alveoli. The mass inhalation, in turn, can cause immediate damage and serious even lethal to the respiratory tract. Even days after the inhalation people can develop serious respiratory diseases and symptoms (breathlessness, wheezing, fever, dizziness or nausea, bronchitis, chemical pneumonitis) or stay with permanent sequel. As the smoke is usually heated (sometimes at very high temperatures), the combination of the heat from the smoke cause even greater damage to the respiratory system. In damaged alveoli, gas exchange that normally occur (oxygen uptake, carbon dioxide elimination) cannot happen, partly or wholly. Without oxygen, tissues die within 5 to 7 minutes and the nervous tissue even faster.

This is the daily life of the people living in that region! How would Marcelo Rezende, "So I ask you ..." What are your reasons to complain about the country you live in? Politics, lack of water, poor income distribution, mismanagement of public funds, hospitals, violence. All issues are indeed very relevant, however, there is a country that cries out for help, for 12 hours of peace that is. People who have lost family, friends, acquaintances and constantly live under threat and cannot escape because the planes do not circulate region. These people that while survivors of the attacks, waging a daily battle with the organism itself to be able to breathe!
Each person has their beliefs, their individuality, this is known. And I also have mine, but my intention in quoting biblical passages is not propagate or much less impose my religion or beliefs to anyone, but lead us to one reflection on the universal right to life and love that we all have, no matter what we believe. As seen in Matthew 24:12 - And because iniquity shall abound, the love of many shall wax cold.
Will we ever be able to detach us from self-centeredness and undertake an improvement of the world that poetically call "Worldism". It is obvious that most of us cannot go to Israel to do something, so I invite you to a prayer, pray, prayer, positive thinking, or whatever the meaning to ask you for peace on a desolate country.
Larissa Jurado
Traduction Sarah Norberto

Image: https://www.google.com.br/search?q=faixa+de+gaza&espv=2&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=9lXuU7DhHLXLsATT8ICgAw&sqi=2&ved=0CAYQ_AUoAQ&biw=1600&bih=809#facrc=_&imgdii=_&imgrc=fdr-769fYr1P1M%253A%3BT-TIHtPndowjkM%3Bhttp%253A%252F%252Fimagens.dm.com.br%252Fmidia%252FS5GLS_53cf292988ddbdaf0358cc38e8bfd1aa.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.dm.com.br%252Ftexto%252F184425%3B645%3B344