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9 de janeiro de 2017

2016 – O Ano de se Repensar o Quimicando!


 
O ano de 2016 foi de muito trabalho, superação e repensar atividades para o grupo Quimicando com a Ciência! E alguns componentes do grupo nos deixaram, mas outros chegaram.
 
Além dos encontros semanais para estudo de aprofundamento e dinâmicas de autoconhecimento, desenvolvemos diversas atividades.
 
 
Em ritmo frenético foi montada e apresentada a ação “The Walking Dead” na “Segunda Semana UNIFESP Mostra a Sua Arte”. Uma instalação artística composta de cinco ambientes temáticos do mundo pré e pós apocalíptico. O trabalho foi baseado no trabalho completo apresentado no XVIII ENEQ, o qual analisou as possíveis representações sociais presentes nas duas primeiras temporadas da série The Walking Dead com relação a questão ambiental. Sendo que duas foram as questões que nortearam o projeto: Como a serie representa o meio ambiente e como essas percepções podem contribuir para o processo de construção da uma Educação Ambiental Complexa a partir da visão materializada no ambiente midiático.
 
FICOU SIMPLESMENTE INCRÍVEL!
 
Apresentação oral de trabalhos completos e pôster no XVIII Encontro Nacional de Ensino de Química: 1) Representações sociais com relação ao meio ambiente na ficção de um mundo apocalíptico, onde os mortos ganham vida: The Walking Dead; 2) Análise Filmográfica, o Meio Ambiente e as Representações Sociais: a “realidade” intermediada por uma lente; 3) Análise filmográfica como estratégia para análise ambiental crítica; 4) A banana como tema de reflexão em oficinas socioambientais – Ação 1; 5) A banana como tema de reflexão em oficinas socioambientais – Ação 2; 6) A banana como tema de reflexão em oficinas socioambientais – Ação 3.
Aplicação da “Ação das Bananas” em parceria com a Escola Estadual Prof. Celio Luiz Negrini, em São Bernardo do Campo, na qual a partir do tema “bananas” discutiu-se com jovens na faixa etária de 15 anos as questões socioambientais do entorno da ONg. Foram realizados três encontros de aproximadamente 3 horas, nos quais abordou-se desde a origem da banana, até uma saída de campo para percepção ambiental do entorno.
E apresentação da Ação dos Detergentes no evento “Cientistas de Diadema”.
Mantendo também o nosso blog de divulgação científica sobre consumo sustentável desde junho de 2012. Atualmente conta com 273 postagens e aproximadamente 67 mil visualizações. Voltaremos com as atividades normais do Blog a partir da primeira semana de fevereiro.
Por fim, o ano de 2017 chegou e prometemos muito mais atividades e novidades. O grupo Quimicando com a Ciência deixa de existir para nascer o grupo Abaetê, com uma nova proposta dentro da Educação Ambiental Transpessoal.

Luciana Farias

 

9 de novembro de 2016

PRECISAMOS DA NOSSA HISTÓRIA PARA SABERMOS PARA ONDE ESTAMOS INDO!

Desde 2012, como é conhecimento de muitos, iniciamos a atividade do blog do grupo do Quimicando com a Ciência. O que talvez muitos desconheçam, é que o objetivo do blog não é somente levar a reflexão e fazer a divulgação a respeito de temas ambientais para um maior número de pessoas.

O principal objetivo do nosso blog é formativo! É a partir dele que os estudantes de diferentes cursos que ingressam no Quimicando podem exercitar o estabelecimento de interfaces interdisciplinares, trabalham a responsabilidade e o comprometimento com uma atividade que é coletiva e fazem o exercício da escrita de um texto, habilidade muito importante posteriormente em sua graduação, quando da escrita do TCC.

Mas para que esse trabalho seja bem sucedido, é muito importante a avaliação periódica dessa atividade. E é nesse sentido, que hoje disponibilizamos um trabalho avaliativo desse processo, intitulado “Tendências temáticas do blog Quimicando com a Ciência: a riqueza da diferença”. O mesmo será apresentado no VIII EPPEQ – Encontro Paulista de Ensino de Química, na UFSCar – Campus Sorocaba, em outubro.

O objetivo do trabalho foi avaliar a tendência temática abordada no blog do Quimicando no período de 2012 a 2014, haja vista que o mesmo é mantido por estudantes de diferentes cursos, portanto, com possíveis diferenças na abordagem a partir do eixo temático do projeto sobre consumo sustentável.

Essa trabalho conta um pouco da nossa trajetória, sendo um conhecimento fundamental que nos auxiliará nos direcionamentos a serem adotados na continuidade dessa atividade dentro do grupo.

Trabalho para o  VIII EPPEQ: QUIMICANDO eppeq

Luciana Farias

Fonte da imagem: http://www.rztcomunicacaodigital.com/profissionais-e-ate-executivos-sofrem-na-hora-de-escrever/

19 de setembro de 2016

Aquarius: um Filme de Resistência ou Apego?

 O filme  Aquarius, chamou-me a atenção antes mesmo de ser exibido ao grande público, devido a um tal boicote em torno dele.  Todavia, não sabia exatamente o que eu estava esperando encontrar, além do fato de que estava curiosa e que se tratava da história de uma mulher, que morava há décadas em um edifício antigo de frente para a praia de Boa Viagem, em Recife.

A história gira em torno da recusa da protagonista em sair do prédio, mesmo sabendo que este estava em processo de ser adquirido por uma construtora que pretendia derrubá-lo para construir um condomínio de luxo. E ao longo da narrativa, Kleber Mendonça vai colocando o foco nas relações humanas, as quais vão se tecendo ao longo da história e nos fazem refletir em nossos próprios conceitos de sociedade, família e o outro.
Fiquei pensando a partir de qual perspectiva abordar para um texto de blog, haja vista que o filme remete a diferentes possibilidades. Poderia abordar a partir de uma reflexão a respeito da verticalização excessiva que o espaço urbano vem sofrendo, conforme discutiu a estudante Larissa Rodrigues, a especulação imobiliária e da influência do capital, conforme foi discutido recentemente no texto do estudante Walmir Jun ou ainda, em como a mídia e a publicidade vem contribuindo na transformação da forma com que nos relacionamos com a natureza, por meio de anúncios convidativos, como por exemplo, “Atenda o chamado da natureza”, possuímos um “Espaço zen”, “Bosque”, “Espaço Gourmet”, “Cascata e lagos com gansos e peixes”, “Pista de bicicross” e “vias que pouco agridem a topografia natural do lugar”, conforme discutiu a estudante Daniele Bispo em seu texto para o blog. Essas três possibilidades eram viáveis, haja vista que a relação entre a protagonista e a construtora fornecem material para reflexões nessas direções.

Decidi pela perspectiva, que em minha opinião seria pouco abordada, haja vista o alto grau de distanciamento de nós mesmos e individualismo em que nos encontramos atualmente. A perspectiva do autoconhecimento tal como preconiza a Ecologia Profunda, a Ecologia Integral e a Educação Ambiental Transpessoal.
Em minha leitura, o filme também trata dos nossos apegos. Nesse caso, o papel do apego entre adultos, particularmente com relação a seus pensamentos,  percepções e comportamentos.

Segundo, o psiquiatra John Bowlby o apego seria um mecanismo básico dos seres humanos, portanto, biologicamente programado, como o mecanismo de alimentação e da sexualidade, sendo considerado como um sistema de controle homeostático, que funciona dentro de um contexto de outros sistemas de controle comportamentais. Nesse sentido, não poderíamos sobreviver como espécie se não tivéssemos apego a nada. Por outro lado, existem evidências de que as crianças também se apegam a figuras abusivas sugerindo que o sistema do comportamento de apego é complexo e não é conduzido apenas por simples associações de prazer. E conforme preconiza Bowby, em sua Teoria do Apego (TA), as primeiras relações de apego, estabelecidas na infância, afetariam o estilo de apego do indivíduo ao longo de sua vida.
Nesse sentido, fiquei me perguntando, que tipos de relações estabelecidas na infância estabeleceriam aquele tipo de padrão de apego da protagonista? A personagem era, segundo minha percepção, excessivamente apegada ao passado, precisando inclusive, estar cercada da materialidade representativa da sua história, que no filme eram simbolizados principalmente pelos discos e pelo seu apartamento.

É lógico que é inegável o direito de que a personagem tem, em não querer sair do apartamento ou ter sua vontade violentada pelas pressões, seja dos familiares, dos vizinhos ou da construtora, haja vista que o ambiente que a cercava fazia parte da sua história de vida. Mas o fato de não conseguir abrir mão não sugere um certo saudosismo? Uma vontade renitente de manter algo que ela já não tinha?
Nós carregamos, no corpo e no coração, nossa história e cicatrizes. Será que precisamos desse excessivo apego a outros elementos para nos fazer viajar por nossa história? É claro que a nossa percepção e lembranças vão se alterando com o passar do tempo e a nossa memória, por vezes, nos prega peças, mas fazer novas releituras de nossa vida e da nossa história podem nos trazer novas perspectivas para eventos dolorosos e com isso nos trazer paz.

É natural do nós seres humanos nos prendermos a coisas, pessoas e situações. Mas o novo só poderá chegar se estivermos livres desse apego excessivo ao passado. E isso vale também para os nossos velhos hábitos de consumo, haja vista que consumimos e acumulamos excessivamente e com um tal apego, talvez na expectativa que essas coisas preencham o nosso vazio existencial.
Luciana Farias
 
Referências Bibliográficas
CAPRA, F. Alfabetização ecológica. São Paulo: Cultrix, 2001.

DALBEM, J. X.; DELL'AGLIOI, D. Teoria do apego: bases conceituais e desenvolvimento dos modelos internos de funcionamento. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 57, n.1, 2005.
FARIAS, L.A. Educação Ambiental Transpessoal. Curitba: CRV, 2016.

NAESS, A. Ecology, community and lifestyle: outline of an ecosophy. Cambridge, UK:  Cambridge University Press, 1989.

WILBER. K. A visão integral. São Paulo: Cultrix, 2012.

 
Fonte Imagens:

1 de maio de 2016

EDUCAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: IRMÃS CONSANGUÍNEAS OU PRIMAS DISTANTES?


No feriado de 21 de abril, dia de Tiradentes, participei do IV Congresso Nacional de Educação Ambiental e VI Encontro Nordestino de Biogeografia, em João Pessoa, na Paraíba.
Gostei muito da proposta de uma forma geral, mas uma me interessou particularmente, a mesa redonda cujo tema era Ensino e Pesquisa em Educação Ambiental. Contando com três debatedores, as reflexões foram no sentido de discutirmos sobre os inúmeros os desafios envolvidos em uma ação educativa ambiental, bem como as formas pelas quais tais problemas vão se resolvendo.
Ficou óbvio, pelo menos para mim, que ainda que tenhamos exemplos de sucesso, são inúmeras as dificuldades e imprevistos que ocorrem ao longo do desenvolvimento de um projeto de Educação Ambiental, particularmente aqueles que ocorrem dentro das escolas públicas. O que vai de encontro às minhas observações e experiências nesses quase seis anos de estudo e pesquisa na área.
São inúmeras as dificuldades e não daria para esgotá-las em um texto de um blog, mas poderia elencar uma em particular, a qual vem sendo objeto de minhas reflexões: a distância entre as políticas públicas pensadas para a Educação e para a Educação Ambiental. Essa distância, oriunda, na minha opinião, por se tratar de duas áreas do conhecimento reconhecidamente distintas pelas especificidades de cada área, mas de grande abrangência e dotadas de grande complexidade. Tanto a Educação, quanto a Educação Ambiental, abarcam diferentes correntes epistemológicas em seus processos de legitimação e essa característica diversa (de áreas, epistêmica e científica) apontam o caráter dinâmico, transdisciplinar e principalmente complexo, conforme discute Sato (2000).
E por entender que o sistema de ensino público brasileiro é um espaço importante e ainda carente para o desenvolvimento de projetos de Educação Ambiental que não estacionem somente na Gestão Ambiental, conforme bem apontou o prof. Dr. Genebaldo Freire Dias, na conferência de abertura. Precisamos pensar que os mesmos devem ser construídos a partir da idiossincrasia de cada unidade que compõem esse sistema. E que apesar das inúmeras políticas públicas e propostas de caráter nacional, sejam da área da Educação ou da Educação Ambiental, ainda que promovam ferramentas que visem ajudar o ensino público a educar nossos jovens frente ao mundo, estas precisam dialogar mais, de forma a se aproximar cada vez mais da realidade escolar vivida e não somente daquela idealizada.
Luciana Farias
Referencia
SATO, M. Dialogando saberes na educação ambiental. In: Encontro Paraibano Ambiental – Novos Tempos. Anais: seção “palestras”. João Pessoa: REA/PB & UFPB, 2000.

4 de janeiro de 2016

Resumo 2015



O ano de 2015 foi de muito trabalho e superação para o grupo Quimicando com a Ciência!

Após dois anos e meio de elaboração, foi concluída a Ação III do grupo, a peça de teatro “A Combustão do Boitatá” – teatro itinerante sobre o uso das sacolinhas plásticas e a combustão do metano. Apresentação da peça na semana Científica e Cultural da Unifesp Diadema, no teatro Clara Nunes. Foi um belo exemplo de união do grupo, com os participantes superando seus interesses pessoais para que se conseguisse atingir um objetivo comum.
Foram visitadas duas escolas estaduais, uma no município de São Bernardo do Campo e outra em Francisco Morato, com aproximadamente 100 pessoas participando da ação I que trata do uso dos detergentes, entre professores e alunos.

Apresentação oral de trabalho completo no VIII Encontro Paulista de Pesquisa em Ensino de Química. Título do trabalho: Tendências Temáticas do Blog Quimicando com a Ciência: A Riqueza da Diversidade. E apresentação de dois pôsteres – resumo também no VIII Encontro Paulista de Pesquisa em Ensino de Química. Título dos trabalhos: a) A Cumbuca do Autoconhecimento como Instrumento para uma Educação Ambiental Complexa; b) A Pegada Ecológica como Instrumento de Educação Ambiental.

Apresentação de pôster – resumo expandido no 7 Encontro Nacional da ANPPAS. Título do trabalho: O Meio Ambiente em Hollywood: Representações Sociais de Uma Sociedade.

Desenvolvimento e aplicação da “Ação das Bananas” em parceria com a Ong Beija Flor, na qual a partir do tema “bananas” discutiu-se com jovens na faixa etária entre 12 a 17 anos as questões socioambientais do entorno da ONg. Foram realizados três encontros de aproximadamente 3 horas, nos quais abordou-se desde a origem da banana, até uma saída de campo para percepção ambiental do entorno.

Organização e realização da primeira Feira das Profissões da Escola Estadual Omar Donato Bassani. O grupo Quimicando com a Ciência juntamente com alunos da Unifesp e UFABC realizaram a 1ª Feira das Profissões realizada no dia 06/10/2015 na escola Estadual Donato Bassani, localizada no pós balsa do distrito do Riacho Grande, em São Bernardo do Campo. Um belo exemplo de troca de experiências de pessoais entre os estudantes de graduação e os estudantes de ensino médio, pois muitos desses estudantes de graduação enfrentaram e enfrentam situações adversas para estarem no ensino público superior e por fim, a partir do empoderamento desses estudantes, que estes possam refletir que podemos atuar em diferentes papéis na sociedade e galgar diferentes espaços, mesmo que seja com dificuldade. Mas que é possível sonhar e tornar esse sonho realidade!

Mantendo também o nosso blog de divulgação científica sobre consumo sustentável desde junho de 2012. No ar desde junho de 2012, atualmente conta com 224 postagens e aproximadamente 52 mil visualizações no blog antigo e 600 visualizações no blog novo (http://quimicandocomaciencia.blog.br/).

Voltaremos com as atividades normais do Blog a partir da primeira semana de fevereiro.

O ano de 2016 chegou e prometemos muito mais atividades e novidades. O grupo Quimicando com a Ciência a todos que fizeram e fazem parte dessa grande aventura e aprendizado conosco!
Luciana Farias

23 de novembro de 2015

Tem certeza que é somente em Teerã?!!!



Fui assistir ao filme “Táxi Teerã”, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim, do diretor iraniano Jafar Panahi.
É simplesmente um filme adorável, mas, caso o título do filme já não denunciasse onde se passaria a narrativa, ficaríamos em dúvida nas primeiras cenas do filme. Eu mesma me vi transportada para o centro de São Paulo, nas proximidades entre o Mercado Municipal e a Praça da República e só voltei à realidade quando comecei a perceber várias mulheres com véus ou burca e que também não conseguia ler nada do que estava escrito nos letreiros. Essa sensação é que me fez analisar o filme por outra perspectiva e sugeriu inclusive a abordagem do texto.
A ideia não é inédita e o formato até lembra um pouco o Táxi do Gugu ou do Luciano Huck, ou seja, uma câmera instalada no carro, ora voltada para a rua à frente ora voltada para os passageiros do veículo. Mas a forma ágil e poética, deixando transparecer uma argumentação inteligente que conduz a narrativa do filme, faz com que este seja envolvente e engraçado ao mesmo tempo, apesar de tratar de temas pesados em aparentes conversas descontraídas sobre fatos do cotidiano do país.
Os primeiros passageiros são um homem e uma mulher que começam a brigar, usando argumentos inusitados sobre a validade da pena de morte. O outro passageiro, um vendedor de produtos piratas, começa a falar sobre cinema alternativo e dos filmes que sem o “trabalho cultural” dele jamais seriam exibidos no país. Em seguida entra um casal, cujo marido foi atropelado e apesar de estar aparentemente à beira da morte, inicia um cômico diálogo com a mulher o condutor do táxi, representado pelo próprio Jafar Panahi, revelando o dia a dia das relações maritais e familiares da população. Tem as duas senhoras com seu engraçado aquário, contendo dois peixinhos e que acreditam que se não os jogarem em uma determinada fonte em um ponto distante da cidade, exatamente ao meia dia, irão morrer. Situação que nos revela o pensamento místico da população.
Em seguida vem a sobrinha do taxista, a qual precisa fazer um filme “exibível” como atividade da escola e por conta dessa necessidade, estabelece um interessante diálogo com um menino catador de latinhas em um momento que fica sozinha no veículo. E por fim, na reta final do filme, tem a mulher das rosas que discute a absurda prisão de uma mulher por esta tem violado a lei ao assistir um jogo de vôlei, culminando com a tentativa de roubo da câmara do carro, em uma tentativa óbvia de censura.
Ao término do filme estabeleceu-se em mim um sensação estranha, difícil de definir a princípio. O primeiro pensamento foi: nossa, como a realidade deles é diferente da nossa! Mas logo em seguida a esse raciocínio, a sensação voltou e pensei: mas será tão diferente assim?
Às vezes, mesmo que inconscientemente, muitos de nós podemos ter a impressão que somos um país mais “civilizado” ou “evoluído” do que países islâmicos. Essa crença, normalmente é reforçada por eventos terroristas que muito bem manipulados por uma mídia sensionalista, nos faz acreditar que todos que se dizem mulçumanos são terroristas em potencial.
Mas fiquei pensando, será que somos tão diferentes assim?
Tudo bem, podemos pensar, no Brasil não existe pena de morte. Mas será que não existe mesmo? E as pessoas que morrem todos os dias executadas anonimamente, condenadas pela violência oriunda de uma desigualdade social gigantesca? Podemos não executar pelas Leis formais, mas executamos na informalidade do descaso.
Podemos pensar que no Brasil nos é permitido nos expressarmos livremente e que temos acesso à cultura de uma forma geral e, portanto, os vendedores de filmes piratas no país tem o objetivo somente de sobreviver, já que estes também são exibidos em grandes telas ou podem ser acessados pela internet. Mas e para aqueles que não podem pagar para si mesmo e suas famílias, mesmo recebendo o benefício de R$ 50,00 mensais concedido pelo empregador como Vale Cultura? Uma cidade como São Paulo pode até oferecer cultura gratuita em muitos locais, mas essa não é a realidade geral nem mesmo na região metropolitana paulista, muito menos do país. E nesse ponto, para que esse texto não fique gigantesco, nem irei me aprofundar com relação à repressão violenta a muitas das manifestações que vem acontecendo no país. Mas não podemos esquecer que educação e cultura libertam mentes e que o nosso país nesse sentido vem deixando a desejar...
Podemos pensar que no Brasil tratamos melhor nossas mulheres e que estas tem direitos. Mas as estatísticas vem nos mostrando que ainda temos um longo caminho a percorrer para que o respeito se instale de fato em nossa sociedade. E que se não temos a nossa liberdade cerceada porque fomos assistir a um jogo de vôlei, a temos pela violência e o desrespeito velados que nos fazem acreditar que somos culpadas pelos abusos que sofremos, já que não nos comportamos ou nos vestimos como deveríamos.
Podemos pensar que no Brasil temos a liberdade de expressar a nossa individualidade, mas esquecemos que muitos de nós somos orientados em nosso dia a dia a mostrar um “filme exibível” de nossas vidas para que sejamos aceitos socialmente, por meio da exibição da roupa adequada, do imóvel adequado, do celular adequado, do nível de instrução adequado, do comportamento adequado, das respostas adequadas e por aí vai. Além de delegarmos, muitas vezes, toda a responsabilidade de transformação de nós mesmos e consequentemente social, a terceiros, devido a um pensamento mítico ingênuo que já estamos fazendo a nossa parte ao realizarmos ritos exteriores esvaziados de um sentido maior.
Por fim, mesmo não tendo a pretensão, além de ter a consciência da impossibilidade de esgotar um assunto tão complexo como esse em um simples texto de análise de um filme, gostaria de finalizar essa reflexão dizendo que para mim, o filme trouxe a mensagem de que, na verdade, somos todos seres humanos, vivendo, amando, errando, aprendendo. E que Ser Humano, no que há de mais belo em nossa Humanidade, depende do esforço individual de cada um, independentemente do país em que a pessoa more. E não de pretensas superioridades ou inferioridades, que são, na verdade, passadas a nós por informações que distorcem a realidade.
Luciana Farias

 

Fonte imagem: http://cinema10.com.br/filme/taxi-teera.

15 de agosto de 2015

AGUARDEM AS NOVIDADES!

Pessoal, vocês devem ter notado que paramos as postagens. Não, o blog não acabou, só mudará de endereço e logo, logo estaremos divulgando para vocês" ;-)

Enquanto o novo blog não sai do forno, o grupo Quimicando com a Ciência está se dedicando ao seu mais novo empreendimento, a construção da peça "A Combustão do Boitatá"

17 de abril de 2015

VOCÊ JÁ FARGUINEN COM ALGUÉM HOJE?


     E se eu dissesse para vocês que é fundamental farguinen com alguém todos os dias, vocês achariam estranho? Pois é! Esse verbo para lá de esquisito, quando aportuguesado, vem da língua lídiche e significa judeu. Essa língua, segundo alguns pesquisadores, originou-se nas áreas fronteiras franco- germânicas por volta do século X e XI. Judeus vindos da Itália e de outros países românicos adotaram o idioma local, ou seja, o alto alemão, mas com as sucessivas migrações, devido às perseguições, levaram o seu dialeto como uma comunicação intragrupal.
     Enfim, na língua lídiche, o verbo farguinen significa abrir espaço, compartilhar prazer ou simplesmente o oposto de invejar. Surpresos? Sim, isso mesmo, invejar. Mas o que o tema inveja tem a ver com um blog que aborda a temática ambiental?
     Todos nós em algum momento já detectou esse sentimento de desgosto pela prosperidade ou alegria do outro ou, até mesmo, já foi alvo de inveja em algum sentido. Vista como o pecado inconfessável, ela é um dos 7 pecados capitais e ninguém gosta de admitir que sentiu inveja. Porém, ela é o principal aliado para algumas áreas do conhecimento, como por exemplo, as áreas de Marketing e Publicidade, pois todos consomem por necessidade ou por desejo. É o desejo que é explorado por esse segmento, pois somos estimulados a adquirir um bem (em geral, supérfluo) porque alguém do nosso ciclo de relacionamento possui, ou ainda, pelo contrário, porque ninguém tem! Invejamos e queremos ser invejados.
     E como escapar dessa cilada? É difícil, devido ao apelo midiático e também da sociedade, mas é possível. O caminho é o autoconhecimento, de forma a elaborar nossa autoestima em um nível satisfatório. Diminuindo nossas carências, das quais muitas vezes nem temos consciência, poderemos resistir ao apelo consumista, estimulado pela inveja que acabamos por sentir ao estarmos sob a influência de tantas mensagens subliminares. Dessa forma, cada vez mais conseguiremos farguinen com todos, ou seja, aprenderemos a compartilhar a alegria pelas conquistas alheias!

Luciana Farias

Fontes http///C:/Users/Cliente-pc/Downloads/473-2065-1-PB.pdf
Fonte Imagem: https://acertandooalvo.wordpress.com/2012/04/05/nao-sinta-inveja/

16 de fevereiro de 2015

I wish, I wish...


     Esses dias fui assistir ao filme “Caminhos da Floresta", direção de Rob Marshall, com Meryl Streep interpretando a bruxa. 
     O filme conta a historia de um casal que tem uma maldição sobre si que os impede de ter filhos e para que a bruxa desfaça o feitiço, precisa encontrar alguns objetos para a mesma. No desenrolar da trama, são promovidos os mais diversos encontros no mundo encantado. Há, por exemplo, a Cinderela (Anna Kendrick), Chapeuzinho Vermelho (Lilla Crawford), João (Daniel Huttlestone) e o pé de feijão e Rapunzel (Mackenzie Mauzy). O filme tem seus momentos, mas nem sempre convence.
     Na verdade, o que me chamou a atenção no filme e me levou a escrever sobre ele é que os personagens constantemente cantavam uma música que começava falando: “I wish, I wish”... (Eu desejo, eu desejo...), pois todos, desde a trama principal do filme até a trama dos personagens secundários, todos desejavam algo. E no seu desejar egoísta, com total foco no objeto de desejo, não percebiam as consequências dos seus desejos. É lógico que essa busca cega e desenfreada só poderia causar problemas.
     Ao longo do filme percebi que todos nós somos um pouco assim. Desejamos, desejamos, mas raramente paramos para pensar nas consequências do que desejamos.
      Essa reflexão pode ser extrapolada para as diversas áreas da nossa vida, mas como escrevo para um blog com a temática de consumo sustentável, podemos pensar que raramente paramos para refletir a respeito dos nossos objetos de desejo e como isso contribui para o desequilíbrio ambiental, aumenta os processos de exploração dos recursos naturais ou esconde uma questão social ambiental muito grave. Como o trabalho escravo, por exemplo.
      É possível parar de desejar? A resposta é não! Sempre buscamos ou desejamos algo, mesmo que seja eliminar o desejo egóico conforme prega o budismo. O que não deixa de ser um desejo, por mais paradoxal que parece ser.
     O que eu acredito que seja a solução para que alcancemos um desejar menos predatório é o autoconhecimento. Pois ao nos conhecermos, aprenderemos a estar em paz com que o somos e temos. E consequentemente, pararemos de ter a necessidade de consumir desenfreadamente para suprir nosso vazio existencial.
 
Luciana Farias

Fonte da Imagem: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-201517/criticas-adorocinema/

13 de janeiro de 2015

A BORBOLETA E A TEIA DA ARANHA: ALTERIDADE OU FOME PREDATÓRIA?


Borboletas são lindas e com certeza o nosso mundo seria menos belo se elas não existissem!
Sempre admirei suas cores e o suave borboletear de suas asas, mas há quem o diga que essa suavidade pode causar grandes transformações. Conhecido como o Efeito Borboleta, este fenômeno foi detectado e descrito pela primeira vez pelo

12 de outubro de 2014

A Bela e a Fera que Há em Mim...

           

Fui assistir no cinema à uma nova versão da Bela e a Fera nesse último final de semana e até comentei que pela primeira vez não me decepcionei com o príncipe quando ele deixou de ser a Fera. Em outras versões sempre ficava com a impressão no final de que a Fera era mais interessante do que o príncipe, que normalmente se tornava meio “sem sal” como dizem as más línguas. Mas enfim, ainda que o roteiro não surpreenda, o filme tem uma fotografia linda e traz como protagonistas Vicent Cassel (Fera) e Léa Seydoux (Bela).

Nessa versão, o príncipe é amaldiçoado quando por engano mata a própria esposa grávida em uma caçada à uma corsa dourada, que na verdade era a própria rainha, uma ninfa da floresta que tinha recebido autorização de seu pai para tomar a forma humana e aprender o que era o amor humano. O filme é interessante do ponto de vista didático-pedagógico pois a partir do mesmo é possível se fazer diferentes abordagens. Mas uma que nos interessa particularmente é a que se refere à problemática ambiental, pois durante o seu desenrolar é possível perceber a cupidez humana, o que explicita a relação estabelecida com a natureza dentro da poética do filme.

Outra questão interessante, mas agora de cunho mais pessoal é que decididamente deixei os meus dias de princesa para trás. Pois, pela primeira vez também não me identifiquei com a Bela, mas me vi refletida na Fera o que me levou à seguinte pergunta: o quanto há de Fera e Bela em cada um nós? Eu sei que é uma pergunta um tanto quanto maniqueísta, mas pense um pouco a respeito, pois temos um pouco dos dois habitando em nós.

Por fim, o quanto somos predadores consumistas em nosso dia a dia? É possível negar que somos? Decididamente acredito que não, pois da mesma forma que a Fera cai vorazmente em cima de sua presa, da mesma forma caímos nós em cima dos nossos objetos de desejos. Portanto, a pergunta que fica para reflexão é: temos consciência disso? Pois a consciência é o primeiro passo para tomadas de decisões mais refletidas

Luciana Farias

16 de setembro de 2014

O Caminho do CORAÇÃO: O meu, o seu e o nosso.....



     Eu gosto dos textos do controverso Carlos Cesar Salvador Arana Castañeda, antropólogo que posteriormente se tornou um místico na década de 1960. Um dos meus textos prediletos (do qual cito um trecho abaixo) é aquele que fala do qual caminho devemos seguir: “Um caminho é só um caminho, e não há desrespeito a si ou aos outros em abandoná-lo, se isto que o coração nos diz...Examine cada caminho com muito cuidado e deliberação. Tente-o muitas vezes, tanto quanto julgar necessário. Só então pergunte a você mesmo, sozinho, uma coisa...Este caminho tem CORAÇÃO (alma)? Se tem, o caminho é bom, se não tem, ele não lhe serve. Um caminho é só um caminho.”
Foto 1 - Entrada UNIFESP, unidade José de Alencar.

    Tenho refletido muito nesse texto, pois não tenho visto mais sentido em seguir caminhos que não traduzem

27 de julho de 2014

Planeta dos Humanos Macacos ou dos Macacos Humanos?...

Pessoal, hoje fui assistir ao filme “Planeta dos Macacos” e simplesmente AMEI! Fazia muito tempo que não assistia um Blockbuster tão bom, mesmo sabendo que este tipo de filme é feito para faturar, para agradar ao máximo de gente possível. E não estou me referindo somente ao trabalho técnico, que realmente impressiona. Tem momentos no filme que ficamos nos perguntando se realmente os macacos são uma criação computacional ou não, haja vista a perfeição, o grau de realismo atingido. Mas também estou me referindo ao roteiro, que é magnífico!
Nesta sequência, os humanos foram assolados por uma gripe símia e quase levados à extinção. Concomitantemente, César, o líder e que libertou os demais macacos do cativeiro, guia a todos para a paz, no meio de uma floresta ao redor de São Francisco, criando uma sociedade relativamente harmoniosa e de aprendizado. Até que o reencontro com os seres humanos se dá novamente e os conflitos vêem à tona.
À medida que a história se desenrola, vamos sendo conduzidos em um momento a pensar como nós, seres humanos, somos maus e que os macacos são capazes de sentimentos nobres, dos quais somos desprovidos, para em seguida nos defrontamos com a situação inversa, na qual sentimentos de vingança e inveja criam forma e força na sociedade dos macacos e podemos encontrar nesse momento, sentimentos de amizade e solidariedade entre os humanos. Daí nos perguntamos e agora? Quem são os heróis? Quem são os vilões? Humanos ou macacos? Realmente não dá para saber, pois tem dos dois nos dois lados.
Na verdade, a conclusão que cheguei com relação ao filme é que podemos ver a humanidade em nós e no outro, independente da espécie. Nós erramos, o outro também erra. A gente acerta, o outro também acerta. O que me levou a me questionar: e tudo na vida não depende demais de como lidamos ou percebemos algo, alguém ou determinada situação?
Extrapolando essa reflexão para os inúmeros conflitos que vem acontecendo no mundo. Percebo que a nossa tendência (e me incluo nisso) é tomarmos partido de um lado ou do outro, normalmente daquele que achamos mais fraco e esquecemos a humanidade do outro lado. Acima de tudo somos todos seres humanos e seguimos acertando e errando. Seria muito bom se conseguíssemos enxergar isso estabelecendo um diálogo sincero no sentido da resolução. É tão simples, mas ao mesmo tempo não é, pois a mesma humanidade que nos “humaniza” e nos faz sermos capazes de gestos extremos de amor e generosidade, também nos cega!
Não sou ingênua em acreditar que tudo se resolverá de forma rápida e justa, mas também não sou uma pessimista de plantão. Sigo acreditando em nós, sempre! 
Luciana Farias

Fonte imagem: http://www.planocritico.com/critica-planeta-dos-macacos-o-confronto/

15 de junho de 2014

De Malévola não tem nada!.... E você?

Ontem fui assistir ao filme Malévola (Angelina Jolie), baseado no conto da Bela Adormecida. Gostei do filme, tirando o fato de que acho que a Angelina Jolie já passou da idade de interpretar fadas. Apesar do meu amigo achar que eu estava com dor de cotovelo, pois na opinião dele a “Jolie” é linda sempre e em qualquer papel.

Controvérsias à parte, o filme tem uma bela fotografia, a qual lembra um pouco o filme “Avatar” e um final inesperado, ainda que para alguns, depois de revelado, possa ser considerado clichê.

-Não, não se preocupem, não vou ser a chata inconveniente que vai revelar o final do filme!

Na verdade, o que me levou a escrever um artigo para o blog do Quimicando falando do mesmo, é um fato que tem me chamado à atenção. Hollywood tem procurado deixar mais complexos seus personagens, fugindo da dicotomia maniqueísta - vilão sem um traço de bondade e herói sem um traço de maldade. Acho que ele vem se inspirando em algumas séries, que desde algum tempo vêm adotando esse estilo. Todavia, o maniqueísmo ainda está presente. Neste caso na disputa entre dois mundos, um pacífico reino em uma floresta intocada, do qual Jolie é a fada protetora e o reino vizinho, impactado pela ação gananciosa do homem.

È muito clara a representação de natureza e meio ambiente que está em discussão aqui e vai de um extremo ao outro. O problema desse tipo de representação é que esta reforça para a população em geral a idéia de que não é possível o homem viver de forma harmoniosa com o meio ambiente. Ou temos um ambiente totalmente preservado e esse sim é bom, ou temos um ambiente totalmente degradado pela ação do homem. O filme tenta no seu final, mostrar um início de integração, mas é muito superficial e simplista.

Entretanto, devemos nos perguntar: é possível o ser humano viver de forma integrada e harmoniosa no meio ambiente? Respondo que sim, temos vários exemplos disso, inclusive em textos aqui mesmo do blog que nos evidenciam essa possibilidade. Por outro lado, isso é fácil de ser alcançado? Não, não é! Pois essa questão resvala na problemática do individualismo versus individuação, tema também já tratado aqui no blog.

Para finalizar esse texto, vou parafrasear a mim mesma: “Não dá para esperar uma transformação da nossa sociedade, se os indivíduos que a compõem não dão conta nem do que ocorre dentre deles mesmos. Enquanto ainda confundirmos individualização, a qual se alicerça principalmente no egoísmo, com individuação, que é a busca do aprender a ser, permitindo a expressão de nossas características superiores latentes e de nossas sombras, mas sem as máscaras sociais adotadas de forma corriqueira. Não dá para esperar que as pessoas pensem antes no bem coletivo, fundamental na resolução da problemática ambiental, do que em seus interesses pessoais.”
Mas vamos torcer para que todos tenhamos um pouco da Malévola retratada nessa versão e possamos transformar a nós mesmo em seres humanos melhores!

Luciana Farias

21 de maio de 2014

Liberdade, Liberdade, Abra as Asas Sobre Nós....

Esses dias assisti ao filme  “12 Anos de Escravidão”, gostei bastante!
A história se passa antes da Guerra Civil dos Estados Unidos, na qual, o músico Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um homem negro livre do norte de Nova York, é sequestrado e vendido como escravo. Mas, mesmo diante da grande crueldade a qual é submetido, luta não só para se manter vivo, mas também para manter sua dignidade. Quando está prestes a completar de 12 anos como escravo, conhece um abolicionista canadense (Brad Pitt), que resolve ajudá-lo a voltar para família.
Parece um bom filme para a gente assistir em um domingo, não é mesmo?!
Mas ele é muito mais que isso. Ele nos faz refletir na nossa suposta “civilidade” e no quanto ainda adotamos máscaras sociais no nosso dia a dia. Naquela época, mas ainda nos dias de hoje.
A escravidão ainda existe, infelizmente, fora e dentro de nós!
A escravidão externa, todavia, teria solução por meio de políticas públicas eficientes e ações humanitárias. Mas a escravidão interna, nos alerta sobre o imenso trabalho de autoconhecimento que temos ainda que realizar.
Não dá para esperar uma transformação da nossa sociedade, se os indivíduos que a compõem não dão conta nem do que ocorre dentre deles mesmos.
Enquanto ainda confundirmos individualização, a qual se alicerça principalmente no egoísmo, com individuação, que é a busca do aprender a ser, permitindo a expressão de nossas características superiores latentes e de nossas sombras, mas sem as máscaras sociais adotadas de forma corriqueira. Não dá para esperar que as pessoas pensem antes no bem coletivo, fundamental na resolução da problemática ambiental, do que em seus interesses pessoais.

Processo fácil? Com certeza não!

Luciana Farias, reflexões de quinta-feira à noite....

10 de maio de 2014

The invisibility cloak of Harry Potter: Is it a matter of public policy?



These days got me thinking about the invisibility cloak of "Harry Potter" series. For those who do not know, this cloak is one of the legendary Deathly Hallows Peverell families of wizards, more precisely Ignoto Peverell. He and his two other brothers defied Death and won awards for it, but Ignoto, suspicious of the intentions of it, chose a prize that would allow him to continue living, invisible to her eyes, in other words, the cloak of death itself.
I wondered if we could have a relic thus becoming invisible when interesting, visible when needed. But unfortunately in real life invisibility cloak is not a relic, in the point of not being afraid to say that we passed one every day and also not the same purpose of fiction.
Well, if in real life we can not say that it is a relic, on the other hand, we can be sure that they work, but not exactly the same way as in the movie. It works like this, by the moment we get dresses with one of them (willingly or not, because in real life we are often forced to wear them), we become invisible partially or completely in society. What is tragicomic in my opinion is that in many cases, people who wear these cloaks provide to us basic services, but these services are as invisible as the person who performs them. Amazing is not it?! On the other hand, there are other cases in which we prefer those that are invisible continue like this because they are a problem for us. However, independently if this "invisible" is useful to society or not, there are only two ways to reverse this invisibility. The first way is to wear the Socio-environmental Conscience 3D glasses for those who are not "invisible" and want to see someone who is invisible in society. The problem is that it is not easy to get these glasses, we need to work hard to find, but many of us, "visible", give up halfway. And the other way is through effective public policies, which should reach the different categories of "invisible".
However, in my humble opinion, the ideal solution should happen through a combination of the two ways, because those who make public policy are usually the "visible" that are already wearing the 3D glasses. Or at least they should be.
Unfortunately there are few "invisible" that have already removed the cloak and started to help others. These in their turn, usually do not need glasses, unless it is to see another category of "invisible" to which their eyes are not adapted yet.
Luciana Farias (Translation: Fernanda Romero)
Images:
https://www.google.com.br/search?q=capa+de+invisibilidade+do+harry+potter+peverell&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=7bFjU62gKfPLsQT6jYCQDg&ved=0CC4QsAQ&biw=1366&bih=624