Pois
bem, em 15/11/2015 registrei aqui um dos maiores desastres ambientais da
historia, o vazamento da barragem em Minas Gerais, em Mariana. Agora oito meses
após o desastre não houve punição adequada aos culpados pelo ‘desastre’ como
expliquei em meu último texto. Devemos lembrar que nem sempre desastre
ambientais são naturais e nesse caso não foi.
A
empresa responsável pela barragem não foi autuada por seu crime ambiental e
humano, já que pessoas morreram com o vazamento da barragem e milhares foram
afetados com perda de casas ou do sustento ocasionada pela lama espalhada pelo
rio doce até o estado do Espírito Santo.
Agora
reflita: e como a mídia tem dado essa notícia? Ela não tem dado, esse é o
problema, a mídia se calou e se refere pouquíssimas vezes ao ocorrido, não
nomeia os culpados e apenas cita quando necessário o desastre em seus jornais
de TV ou impresso.
O
que será que acontece? O porquê dessas notícias tão parciais? Essas notícias ou
mesma a omissão delas, seriam o reflexo de interesses em comum entre essas
empresas e as emissoras? Não sabemos, mas seria importante investigarmos mais a
fundo essas questões.
Não
importa o motivo pela qual não é pronunciado o descaso da justiça em processar uma
das maiores empresas atuante no Brasil. Mas é importante refletirmos que a
autuação dos responsáveis poderia gerar desconforto para inúmeros interessados.
Talvez por isso muitos tenham se calado diante dessa catástrofe, pois é visível
que existem conflitos de interesse entre grandes capitais econômicos, enquanto as
milhares de pessoas afetadas, mas que não tem recursos, sofrem com a não
punição da justiça brasileira.
Por
fim, precisamos refletir sobre a mídia brasileira, principalmente quando
inúmeros meios de comunicação de outros países dão ênfase ao ocorrido no Brasil
e a não punição de responsáveis. Esse não é o primeiro nem o último caso de
acobertamento pela mídia brasileira de injustiças, mas com certeza é um dos maiores na
questão ambiental. Particularmente porque se trata de um evento recente e de
proporções gigantescas.
Pamella Almeida
Referencias e Imagem:
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