9 de abril de 2016

Mídia e o Esquecimento do Desastre Ambiental

Pois bem, em 15/11/2015 registrei aqui um dos maiores desastres ambientais da historia, o vazamento da barragem em Minas Gerais, em Mariana. Agora oito meses após o desastre não houve punição adequada aos culpados pelo ‘desastre’ como expliquei em meu último texto. Devemos lembrar que nem sempre desastre ambientais são naturais e nesse caso não foi.

A empresa responsável pela barragem não foi autuada por seu crime ambiental e humano, já que pessoas morreram com o vazamento da barragem e milhares foram afetados com perda de casas ou do sustento ocasionada pela lama espalhada pelo rio doce até o estado do Espírito Santo.
Agora reflita: e como a mídia tem dado essa notícia? Ela não tem dado, esse é o problema, a mídia se calou e se refere pouquíssimas vezes ao ocorrido, não nomeia os culpados e apenas cita quando necessário o desastre em seus jornais de TV ou impresso.

O que será que acontece? O porquê dessas notícias tão parciais? Essas notícias ou mesma a omissão delas, seriam o reflexo de interesses em comum entre essas empresas e as emissoras? Não sabemos, mas seria importante investigarmos mais a fundo essas questões.
Não importa o motivo pela qual não é pronunciado o descaso da justiça em processar uma das maiores empresas atuante no Brasil. Mas é importante refletirmos que a autuação dos responsáveis poderia gerar desconforto para inúmeros interessados. Talvez por isso muitos tenham se calado diante dessa catástrofe, pois é visível que existem conflitos de interesse entre grandes capitais econômicos, enquanto as milhares de pessoas afetadas, mas que não tem recursos, sofrem com a não punição da justiça brasileira.

Por fim, precisamos refletir sobre a mídia brasileira, principalmente quando inúmeros meios de comunicação de outros países dão ênfase ao ocorrido no Brasil e a não punição de responsáveis. Esse não é o primeiro nem o último caso de acobertamento pela mídia brasileira de injustiças, mas com certeza é um dos maiores na questão ambiental. Particularmente porque se trata de um evento recente e de proporções gigantescas.

Pamella Almeida

Referencias e Imagem:




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