
Há momentos na vida em que tudo
está indo mal, na área financeira, familiar, amorosa, social, etc... E as
explicações na tentativa de não assumir a culpa é que o universo está indo
contra você, seu inferno astral está chegando, mercúrio está retrógado e tudo
mais que inventamos para não assumirmos a responsabilidade por nossos atos. Um
exemplo que é muito comum, ocorre durante a graduação, quando temos um mês para
entregarmos um relatório e só começamos a fazer uma semana antes da data final
e a consequência muitas vezes é um trabalho mal feito, privação do sono, atraso
de outros trabalhos e nota baixa que muitas vezes são contestados por termos
nos “esforçado muito”, mas quando, na verdade, muitas vezes o esforço foi
focado em procurar o novo episódio da nossa série favorita.
A minha geração, por essas e
outras características, algumas positivas, outras negativas, somos conhecidos
dentro da área de Ciências Sociais, como sendo a Geração Z, a qual é a geração das pessoas que nasceram a
partir da década de 1990 e que tem por característica marcante a “zapeação”.
Daí o Z. Ou seja, é a geração que muda de um canal para outro na televisão. Vai
da internet para o telefone, do telefone para o vídeo e retorna novamente à
internet. E também muda de uma visão de mundo para outra, rapidamente, segundo
alguns pesquisadores.
É claro que muitas das
características apontadas como sendo da Geração
Z são inerentes da condição humana, todavia parece que atualmente um
expressivo número de jovens ou jovens adultos saem da faculdade sem senso de
responsabilidade, sem a criticidade que deveria ser formada, pois seus esforços
estavam concentrados em realizar as atividades com o menor esforço possível,
pois se cansam facilmente do que estavam fazendo anteriormente. Porém, muitas das oportunidades que nos são
oferecidas na faculdade e na vida, são muitas vezes desperdiçadas quando
decidimos adiar prazos, deixar os outros decidirem por nós, deixar a maioria
decidir (pois a desculpa é: vivemos numa democracia) e principalmente deixarmos
de ouvir e sermos ouvidos. Somos a geração da superficialidade e acabamos nos
autossabotando por isso.
Todavia, todos os dias temos
oportunidades para sermos pessoas melhores e felizmente em muitas escolas e faculdades
temos oportunidades para sermos ouvidos e mesmo assim ainda há pessoas
acomodadas com todo o tipo de situação a que somos submetidos, pois o importante
para alguns é ter suas necessidades fisiológicas, de segurança e sociais
mantidas e o pensamento de que tudo está seguro e ficar no conhecido é a melhor
opção. Isso é ilusão e como seres humanos vivendo um período conturbado da
humanidade com relação às questões socioambientais, precisamos ir além de
Maslow e das suas necessidades básicas.
Devemos lembrar que não somos
ilhas, vivendo no nosso próprio mundo (ou nossa própria bolha) e reinando sobre
nossas próprias regras. Existem também “os inconvenientes da vida” e somos
forçados a sair da nossa zona de conforto. Mas será que precisamos esperar a
vida nos forçar para sairmos da nossa inercia? Quando será o momento para fazermos
alguma coisa? Quando ultrapassaremos somente a necessidade de atender somente
as questões fisiológicas ou instintivas? Continuaremos esperando um milagre ou
condições astrológicas favoráveis para agirmos?
Por fim, que mensagem queremos
deixar para as próximas gerações? Que fomos a geração com inúmeras
oportunidades para mudar o futuro e ficamos acomodados em nosso sofá,
controlados pela mídia, vendo coisas inúteis e passando o exemplo de que culpar
o outro é mais fácil que assumir a responsabilidade, quando a vida somente nos
devolve aquilo que nós próprios cultivamos.
Essa é a proposta da Educação
Ambiental Transpessoal, a qual propõe que devemos nos autoconhecer para que o
sentido de alteridade e empatia se desenvolva em nós, de forma a pararmos de culpar
os outros pelas nossas frustações.
Gisele Silva
Referências Bibliográficas
https://www.significados.com.br/geracao-y/http://www.portal-administracao.com/2014/09/maslow-e-hierarquia-das-necessidades.html
Farias,
L.A. Educação Ambiental Transpessoal. Editora CRV, 2016.
Fonte Imagens:
h4ps://pensador.uol.com.br/frase/MTkzMzc/http://infortask.com/blog/para-inspirar-culpar-os-outros-nao-e-a-solucao/
http://psicoativo.com/2016/05/piramide-das-necessidades-de-maslow-atualizada-humor.html
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