Dentre os
inúmeros temas abordados na Rio +20,
a criação de tribunais ambientais para garantir que a
corrupção não comprometa as metas do desenvolvimento sustentável estava entre
eles. De acordo com Manish Bapna, presidente do Instituto de Recursos Mundiais,
44 países já adotaram a medida.
Durante a 15ª
Conferência Internacional Anticorrupção - que começou na quarta-feira, 7 de
novembro, na capital federal - Bapna defendeu a adoção das estruturas
ecológicas. Em debate a respeito dos rumos da Conferência das Nações Unidas
sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, Bapna explicou que a tecnologia
já permite que informações sobre desmatamento de florestas ou degradação de
recifes de corais no mundo sejam disponibilizadas para toda a sociedade. Porém,
continuou o presidente, a criação das cortes é fundamental para que as
irregularidades sejam julgadas.
“Transparência
não é suficiente. Parte da solução é criar informações e disponibilizá-las, mas
é preciso também criar espaços onde as pessoas possam recorrer e fazer
denúncias”, argumentou.
Bapna lembrou
de um projeto lançado há 15 anos pelo WRI (sigla do instituto, em inglês) em
que imagens de florestas que estavam em processo de concessão foram
disponibilizadas ao público. Segundo ele, várias organizações ambientais e
movimentos sociais passaram a monitorar as áreas, por meio da internet.
Com o avanço
tecnológico, Bapna destacou que as florestas em todo o mundo, mesmo em lugares
remotos, poderiam ser mapeadas com imagens claras. “Podemos detectar o
desmatamento ilegal em qualquer lugar do mundo. Temos oportunidades de dar este
acesso às organizações não governamentais e à sociedade civil, e isto promoverá
profunda transformação.”
O presidente do WRI ainda reconheceu que alguns governos, como o brasileiro, garantem a transparência das informações, “mas outros preferem não fornecer dados atualizados”.
Para Kumi
Naidoo, diretor executivo do Greenpeace Internacional, a sociedade deve
participar das decisões para garantir que atos de corrupção não impactem ainda
mais os ecossistemas. “Qualquer auditoria sobre o que aconteceu com nossas
florestas, nossos oceanos e nossos combustíveis fósseis indicaria que o grande
culpado é a corrupção e a ausência de transparência nos governos”, disse.
“A natureza não negocia. Não podemos mudar a
ciência, então temos que mudar a política urgentemente. Muitos países,
principalmente os menos responsáveis pelas emissões [de gases de efeito
estufa], são as primeiras vítimas desta negociação com a natureza”,
acrescentou.
Durante mais
de uma hora, o debate sobre corrupção, envolvendo as metas do desenvolvimento
sustentável, esbarrou, várias vezes, na responsabilização sobre as ações, tanto
pelos governos, quanto pela sociedade e o setor privado.
Beris Gwynne,
diretora e representante das Nações Unidas em Genebra, e também representante
do programa Visão Mundial Internacional, alertou que “é preciso avançar na
responsabilização compartilhada e coletiva. A responsabilização compartilhada
tem que ser abraçada por todos”.
Mudanças
Para a
ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, a visão do governo
brasileiro contaminou as nações que assinaram o documento final da Rio+20.
“Todos precisam se empenhar nos paradigma do desenvolvimento sustentável nos
próximos anos. Esta é a visão do governo do Brasil e temos uma tarefa
ambiciosa”, disse.
Izabella
Teixeira ainda ressaltou o espaço criado para a sociedade civil na Rio+20 e
afirmou que esta participação tem sido defendida pelo governo brasileiro. “É a
pressão da sociedade que leva às mudanças. É na democracia que temos mudanças
mais rápidas, e as nações não podem esperar. O espírito da Rio+20 é que os
desafios econômicos estão além dos economistas, dos desafios ambientais, dos
ambientalistas e dos políticos.”
Dados obtidos em:
http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2012/novembro/instituto-defende-tribunais-ambientais-para-evitar?tag=economia-e-politica
Rayssa
S. Moreira
Esse texto não é igual ao que saiu na Agência Brasil de Notícias?
ResponderExcluirhttp://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-11-08/paises-devem-ter-tribunais-ambientais-para-conter-corrupcao-defende-instituto-mundial
Olá, Carolina! Sou a Rayssa, a moça que publicou este texto.
ExcluirEu entrei no link que você mandou e constatei que realmente tem o mesmo texto lá. Contudo, por questões de direitos autorais eu não posso, de forma alguma, colocar este link como fonte da publicação, pois não foi a fonte de onde retirei o texto. A fonte que usei como meio de consulta está logo abaixo a publicação.
Gostaria que soubesse que nós do grupo Quimicando agradecemos sua visita ao nosso blog! Sejas sempre muito bem vinda!
Em caso de dúvidas, estarei à disposição! ;)