26 de junho de 2016

Desapega, desapega...




Desde crianças, somos ensinados que devemos dar valor a tudo que temos, principalmente se for um presente de alguém especial, nos fazendo assim, desenvolvermos afeto por tais objetos. Também é interessante como levamos muitos valores aprendidos na infância para a vida adulta, sendo o zelo por esses objetos um exemplo disso. Muitas vezes nossos pais também tem o apego sentimental pelas roupas ou objetos de quando éramos crianças e nos influenciam a continuar com o sentimento pelos objetos que não tem mais utilidade para nós. Quase todos nós já tivemos coisas antigas e que tínhamos certeza que não usaríamos nunca mais, mas mesmo assim sempre que olhávamos, pensávamos: “quando eu emagrecer x kg...” “quando eu comprar aquela blusa que combina...” “quando eu for naquele evento...” “eu ganhei daquela amiga especial”. Mas na verdade sempre tinha aquela voz de fundo perguntando: “Será que vai mesmo?”. Mas normalmente preferimos ignorar. Até achamos absurdo e impossível aqueles programas de acumuladores, claro que no caso deles é uma questão psicológica, mas, mesmo que em outro nível ou escala, também temos tendências a acumularmos coisas sem utilidade em casa.

Por outro lado, podemos nos perguntar: “mas o que vou fazer com minhas roupas?”

Você pode doar ou desapegar em grupos de brechó podendo trocar por algo que alguém também queria desapegar ou ganhar alguns trocados vendendo por um preço menor, que mesmo não sendo uma grande quantia pode nos incentivar a praticar o desapego.
Todavia, apesar de praticar o desapego ser importante, isso não significa que não devemos valorizar o que conseguimos, pois, em muitos casos, foi obtido por meio de muito esforço. Mas, sim, que devemos refletir se devemos mesmo guardar aquelas coisas que não precisamos, como por exemplo, aquela calça de “10kg” atrás, uma bolsa velha meio descascada ou aquela uma blusa de frio que para nós está fora da moda. Assim, há movimentos que nos incentivam o desapego sentimental, como por exemplo, pegar um bolsa antiga e colocar produtos de higiene e entregar pra alguma moradora de rua e também o projeto Meias do Bem da ONG Anjos da Noite, que transformam meias velhas em cobertores para moradores de rua e que não importa se a meia não tem par ou se tem um furinho, o importante mesmo é ajuda-los e nos ajudar a não sermos acumuladores compulsivos.

Gisele Silva

Fonte de imagem: http://organizzeconsultoria.com.br/wp-content/uploads/2014/03/acumuladores-2.jpg

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