Desde crianças,
somos ensinados que devemos dar valor a tudo que temos, principalmente se for
um presente de alguém especial, nos fazendo assim, desenvolvermos afeto por
tais objetos. Também é interessante como levamos muitos valores aprendidos na
infância para a vida adulta, sendo o zelo por esses objetos um exemplo disso. Muitas
vezes nossos pais também tem o apego sentimental pelas roupas ou objetos de
quando éramos crianças e nos influenciam a continuar com o sentimento pelos
objetos que não tem mais utilidade para nós. Quase todos nós já tivemos coisas
antigas e que tínhamos certeza que não usaríamos nunca mais, mas mesmo assim
sempre que olhávamos, pensávamos: “quando eu emagrecer x kg...” “quando eu
comprar aquela blusa que combina...” “quando eu for naquele evento...” “eu
ganhei daquela amiga especial”. Mas na verdade sempre tinha aquela voz de fundo
perguntando: “Será que vai mesmo?”. Mas normalmente preferimos ignorar. Até
achamos absurdo e impossível aqueles programas de acumuladores, claro que no
caso deles é uma questão psicológica, mas, mesmo que em outro nível ou escala,
também temos tendências a acumularmos coisas sem utilidade em casa.
Por outro lado, podemos nos perguntar: “mas
o que vou fazer com minhas roupas?”
Você pode doar
ou desapegar em grupos de brechó podendo trocar por algo que alguém também
queria desapegar ou ganhar alguns trocados vendendo por um preço menor, que
mesmo não sendo uma grande quantia pode nos incentivar a praticar o desapego.
Todavia, apesar
de praticar o desapego ser importante, isso não significa que não devemos
valorizar o que conseguimos, pois, em muitos casos, foi obtido por meio de muito
esforço. Mas, sim, que devemos refletir se devemos mesmo guardar aquelas coisas
que não precisamos, como por exemplo, aquela calça de “10kg” atrás, uma bolsa
velha meio descascada ou aquela uma blusa de frio que para nós está fora da
moda. Assim, há movimentos que nos incentivam o desapego sentimental, como por
exemplo, pegar um bolsa antiga e colocar produtos de higiene e entregar pra
alguma moradora de rua e também o projeto Meias do Bem da ONG Anjos
da Noite, que transformam meias velhas em cobertores para moradores de rua
e que não importa se a meia não tem par ou se tem um furinho, o importante
mesmo é ajuda-los e nos ajudar a não sermos acumuladores compulsivos.
Gisele
Silva
Link da ONG: http://www.meiasdobem.com.br/
Fonte de imagem:
http://organizzeconsultoria.com.br/wp-content/uploads/2014/03/acumuladores-2.jpg
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