Algumas semanas atrás eu presenciei uma situação no
trânsito, onde ocorreu um acidente em uma das principais vias de acesso à
cidade de São Bernardo do Campo, a rodovia Anchieta. O caso foi que um
motorista acabou se chocando com outros três carros, provocando um
engavetamento. O acidente ocorreu por volta das 18 horas, um horário em que o
trânsito na via apresenta os maiores índices. Presenciar essa situação me fez
pensar no volume de carros que circula hoje em dia nas grandes cidades e
metrópoles do nosso país. De onde vem todos esses carros?
Atualmente, apesar de existir uma grande expansão urbana,
isso já não vem sendo o bastante e a expansão das cidades não vem mais
comportando o crescimento populacional. Com isso surgem fenômenos como a
verticalização, juntamente com o adensamento populacional, por exemplo. A
verticalização e o adensamento surgem com a necessidade da expansão dos centros
urbanos sem a disponibilidade de espaço, sendo que há sempre a necessidade de
concentrar as moradias e serviços especificamente nos centros. Nesse sentido,
para Santos (2015), os edifícios os são resultados dessa evolução nas cidades,
frutos da concentração e manifestação em espaços restritos, bem como também com
objetivo de obter, dentro desse determinado espaço, uma maior renda, por meio
da multiplicação do solo.
Mas por outro lado, refletindo nesse crescimento vertical e
na quantidade imensa de prédios que são construídos, podemos nos perguntar, será
que as cidades suportam todas essas pessoas e seus carros? Alguns prédios hoje
em dia chegam a ter 160 metros de altura e 46 andares, como as duas torres do
Vila Serena, o edifício mais alto do Brasil, localizado em Balneário Camboriú.
Cabe lembrar que não existem apenas os moradores nesses edifícios, por exemplo,
em um prédio com 15 andares, que possua 4 apartamentos por andar abriga 60
famílias vivendo em uma única construção, ainda se cada um deles tiver pelo
menos um carro, seriam 60 veículos agregados ao bairro onde o edifício se
localiza. Analisando apenas um prédio o impacto parece até pequeno, mas os
números não param por aí.
Segundo dados publicados pelo jornal O Estado de São Paulo,
em 2014, a cidade de São
Paulo ganhou mil prédios residenciais e 210 mil moradores de apartamentos nos últimos cinco anos. Uma em cada três moradias paulistanas hoje é representada por prédios residenciais, cerca de 37% do total de domicílios. Mas a verdade é que as cidades não se prepararam para um volume tão grande de automóveis circulando e tal falta de planejamento só poderia gerar um caos como o que a população enfrenta todos os dias. Se um dos objetivos da verticalização era aproximar as pessoas de seus trabalhos e dos locais de ofertas de serviços, isso vem ficando cada vez mais problemático, já que não adianta de nada morar perto do trabalho e por conta do trânsito causado pelo excesso de veículos e o mau planejamento das vias de tráfego, um trabalhador demorar horas num caminho que deveria ser curto.
Paulo ganhou mil prédios residenciais e 210 mil moradores de apartamentos nos últimos cinco anos. Uma em cada três moradias paulistanas hoje é representada por prédios residenciais, cerca de 37% do total de domicílios. Mas a verdade é que as cidades não se prepararam para um volume tão grande de automóveis circulando e tal falta de planejamento só poderia gerar um caos como o que a população enfrenta todos os dias. Se um dos objetivos da verticalização era aproximar as pessoas de seus trabalhos e dos locais de ofertas de serviços, isso vem ficando cada vez mais problemático, já que não adianta de nada morar perto do trabalho e por conta do trânsito causado pelo excesso de veículos e o mau planejamento das vias de tráfego, um trabalhador demorar horas num caminho que deveria ser curto.
Mas, infelizmente, também não é só isso, os efeitos vão além
de problemas com o trânsito. Para Santos (2015), as consequências da
verticalização atingem desde aspectos ecológicos, políticos, climáticos,
fisio-biológicos, éticos e até psicológicos.
E para você? O que representa a verticalização? Já pensou
sobre isso?
Larissa Rodrigues
Referências
Congresso brasileiro de gestão ambiental, 6., 2015, Porto Alegre. Impactos
socioambientais resultados do processo de verticalização. Porto
alegre: ibeas, 2015.
São Paulo ganhou mil
prédios nos últimos cinco anos. Disponível em : <http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Resultados/noticia/2014/07/sao-paulo-ganhou-mil-predios-residenciais-nos-ultimos-cinco-anos.html>
Acesso em 21/07/16.
Imagens
1 - http://goo.gl/FOQNUR
2 - http://goo.gl/syJBzC
3 - http://goo.gl/UMD5B5
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